sábado, 28 de fevereiro de 2009

Alguém bem melhor....


Hoje de tarde fui beber uma água de coco no Jardim de Alah com Juliana, uma amiga querida. Eu já falei dela aqui em outros momentos. Tenho um carinho especial por ela. Ela é jovem e linda. Apesar de estarmos em momentos bem diferentes da vida, nos encontramos nesse universo feminino sem fronteiras, e nos identificamos em muitas coisas. Sinto que muitas dores e angustias que ela vive, eu de alguma forma já vivi. Tento lhe dizer da minha experiencia...tento lhe passar mais confiança, mais segurança, mais coragem.... enfim, dizer da vida que tenho vivido...

Sempre fui muito corajosa e batalhadora. Acho que até muitas vezes, enfrentei guerras que nem existiam de fato, confrontei pessoas sem a menor necessidade, vi desafios em momentos em que poderia estar descansando, falei coisas que me levaram a situações dificeis e quando poderia ter ficado calada... acho que muitas vêzes compliquei minha vida sem a menor necessidade. Lembro de muitas situações em que fui "bucha de canhão", ou até mesmo "bode expiatório" por ter escolhido ficar nesse lugar, ou por não ter feito nada para evitá-lo, muito pelo contrário.

Meu marido sempre me dizia que eu precisava ser mais política, mais conciliatória, mas eu achava que tinha que expôr as sombras, revelar as feridas, as falhas e as mentiras, não só minhas como de todos. Reconheço que em muitas situações na minha vida, agi como uma kamikase, algo meio orgulhoso e infantil. Tratava de forma dura e severa as fraquezas. minhas e dos outros. Não tinha paciência com as inseguranças e com os medos, nem meus, muito menos dos outros.

A vida vai nos ensinando. Hoje me trato com muito mais carinho, e aos outros também. Tenho paciência com meus medos e com os dos outros também. Ainda tenho alguma dificuldade em receber todo tipo de ajuda, por que ainda é dificil reconhecer minha fragilidade, ou também por não gostar de todo tipo de oferta de ajuda, mas isso hoje já é possível. Sei que não gosto do tipo de ajuda, piegas e melosa, muitas vezes, prefiro a companhia silenciosa e o apoio expresso de forma simples e direta. Sou assim. É difícil pra mim ser piegas, mas sou boa em ajudar fortalecendo, escutando e mostrando-me disponível.

Devo essa transformação ao meu marido, meus filhos, meus clientes, alunos e aos amigos, como Juliana; que compartilham suas vidas comigo e deixam à mostra seus corações e almas, e dessa forma vão me oferecendo histórias e vivencias preciosas que me transformaram e continuam a me transformar cada dia em alguém muito melhor!

Acredito na vida! Acredito em uma sabedoria divina que tudo rege...acredito principalmente, no poder do amor e da amizade.

Namastê!

Ludmila Rohr
P.S. Foto sobre a Laxma Jhula (ponte sobre o Rio Ganges) , em Rishikesh, uma das cidades que mais amo na Índia.

Um comentário:

  1. Para além do momento de vida de cada uma de nós, há realmente um encontro do feminino e uma amizade que pra mim é preciosa!

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