Percebo o quanto as pessoas adoram um diagnóstico, um parecer, uma definição. Querem uma palavra que diga tudo. Querem um adjetivo que sintetize. Buscam o tempo todo, conscientemente ou incosncientemente, uma definição que esclareça, que as ajude a compreender as pessoas, as situações e as coisas, mesmo que para isso, tenham que limitar suas percepções.
Talvez isso se deva ao medo da complexidade. Talvez.
Nessa tentativa de evitar a complexidade das pessoas e das situações, que possuem infinitas nuances, acabam por criar avaliações muito simplistas. Avaliações maniqueístas e infantis, e acreditam nelas.
Nessa tentativa de evitar a complexidade das pessoas e das situações, que possuem infinitas nuances, acabam por criar avaliações muito simplistas. Avaliações maniqueístas e infantis, e acreditam nelas.
No mundo infantil aprendemos a categorizar as coisas entre bem e mal, feio e bonito, bom e ruim. Simples assim. A criança tem esse pensamento linear e simplista. Entretanto continuar na vida adulta a ver a vida desse jeito me parece algo alienante. As coisas não são duais, as coisas e pessoas, são multifacetadas...elas possuem tantas nuances e tantas características que somos obrigados a desenvolver um raciocínio mais complexo.
O fato é: SOMOS PLURAIS, não caberíamos em rótulos. Somos COMPLEXOS, uma palavra não seria suficiente definir alguém.
O interessante é que os rótulos mais aprisionantes são os bonitinhos. Quando alguém te faz um elogio, te diz algo que alimenta o seu ego e vaidade, na mesma hora voce pode se deparar com a armadilha que caiu. Está presa, por que é difícil escapar de um rótulo que mexe com sua vaidade.
O interessante é que os rótulos mais aprisionantes são os bonitinhos. Quando alguém te faz um elogio, te diz algo que alimenta o seu ego e vaidade, na mesma hora voce pode se deparar com a armadilha que caiu. Está presa, por que é difícil escapar de um rótulo que mexe com sua vaidade.
Percebia que toda vez que alguém me elogiava ou falava algo ao agradável a meu respeito, como uma definição do que eu era, me sentia aprisionada em um rótulo. Sentia que havia entrado e uma prisão. Dali pra frente teria que ser uma pessoa "sempre calma" diante daquelas pessoas que me definiram como alguém "tão calma". Teria que ser vegetariana, budista, cristã, ateísta, esquerdista, alegre, profunda, paciente...ou "whatever"...
Meu nome "Ludmila" significa "amada pelo povo", isso por si só, é um rótulo terrível. Adoro meu nome, mas quando procurei os nomes dos meus filhos, queria algo simples e que tivesse uma sonoridade gostosa, que não trouxesse em si um significado que já definisse as pessoas que eles seriam. Queria que eles pudessem se construir com mais liberdade.
Passei alguns anos da minha adolescência brigando com o significado do meu nome. Nem tentava ser simpática, quanto mais ser amada. Engraçado lembrar disso.
Brigar contra uma definição ou abraça-la dá no mesmo. Aceitar uma definição é me reconhecer nela. Não aceitá-la é buscar o seu oposto, não é mesmo? Resultado: Prisão do mesmo jeito.
Um dia, aprendi uma palavra que me libertou dessa briga que eu nem conseguia definir bem. Ainda bem que a aprendi cedo. Talvez até mesmo por causa de uma visão anárquica e tântrica diante da vida, que me ensinou a abrir, expandir e aceitar, mais do que fechar, concluir e rejeitar. Algo mais ou menos como "Caetanear" (expressão criada para definir a indefinível Caetano Veloso, cantor baiano)
Ensino essa palavra a todas as pessoas que conheço e aos meus clientes. A palavra que liberta e abre possibilidades para que voce seja quem voce quiser ser, sem se sentir preso a nada é: TAMBÉM.
Quando alguém me diz: "Voce é calma", respondo: "Também". "Voce é tão profunda", também sou. Voce é budista? a resposta é : Também. Vocé é psicóloga? Além de outras coisas, também sou.
O TAMBÉM me libertou para ser TUDO, ou NADA, ou QUALQUER coisa.
Dentro de uma paleta infinita de nuances de cores, minha alma pode também ser rosa e verde ao mesmo tempo. Posso ser clássica e casual. Posso ser leve e profunda. Posso ser rasa e intensa. Posso ser branca ou preta, posso ser alegre ou triste. Posso ser devassa e pura; boba e esperta...braba e mansa....luz e sombra. Sou plural...sou complexa....cabe em mim muito mais que eu mesma conheço. Cabe em mim muito mais que qualquer um possa imaginar...
Acreditem... "TAMBÉM" é uma palavra mágica...
Ludmila Rohr
P.S. Leiam ao post "Por trás de mim" nesse blog.
http://mulheremcrescimento.blogspot.com/2009/05/por-tras-de-mim.html
Meu nome "Ludmila" significa "amada pelo povo", isso por si só, é um rótulo terrível. Adoro meu nome, mas quando procurei os nomes dos meus filhos, queria algo simples e que tivesse uma sonoridade gostosa, que não trouxesse em si um significado que já definisse as pessoas que eles seriam. Queria que eles pudessem se construir com mais liberdade.
Passei alguns anos da minha adolescência brigando com o significado do meu nome. Nem tentava ser simpática, quanto mais ser amada. Engraçado lembrar disso.
Brigar contra uma definição ou abraça-la dá no mesmo. Aceitar uma definição é me reconhecer nela. Não aceitá-la é buscar o seu oposto, não é mesmo? Resultado: Prisão do mesmo jeito.
Um dia, aprendi uma palavra que me libertou dessa briga que eu nem conseguia definir bem. Ainda bem que a aprendi cedo. Talvez até mesmo por causa de uma visão anárquica e tântrica diante da vida, que me ensinou a abrir, expandir e aceitar, mais do que fechar, concluir e rejeitar. Algo mais ou menos como "Caetanear" (expressão criada para definir a indefinível Caetano Veloso, cantor baiano)
Ensino essa palavra a todas as pessoas que conheço e aos meus clientes. A palavra que liberta e abre possibilidades para que voce seja quem voce quiser ser, sem se sentir preso a nada é: TAMBÉM.
Quando alguém me diz: "Voce é calma", respondo: "Também". "Voce é tão profunda", também sou. Voce é budista? a resposta é : Também. Vocé é psicóloga? Além de outras coisas, também sou.
O TAMBÉM me libertou para ser TUDO, ou NADA, ou QUALQUER coisa.
Dentro de uma paleta infinita de nuances de cores, minha alma pode também ser rosa e verde ao mesmo tempo. Posso ser clássica e casual. Posso ser leve e profunda. Posso ser rasa e intensa. Posso ser branca ou preta, posso ser alegre ou triste. Posso ser devassa e pura; boba e esperta...braba e mansa....luz e sombra. Sou plural...sou complexa....cabe em mim muito mais que eu mesma conheço. Cabe em mim muito mais que qualquer um possa imaginar...
Acreditem... "TAMBÉM" é uma palavra mágica...
Ludmila Rohr
P.S. Leiam ao post "Por trás de mim" nesse blog.
http://mulheremcrescimento.blogspot.com/2009/05/por-tras-de-mim.html