tag:blogger.com,1999:blog-41935040213305976852024-02-19T00:10:04.380-03:00LUDMILA ROHRReflexões de uma mulher sobre a vida.Ludmilahttp://www.blogger.com/profile/05430554832630940164noreply@blogger.comBlogger251125tag:blogger.com,1999:blog-4193504021330597685.post-55272956032944720262016-11-15T18:16:00.003-03:002016-11-17T18:07:21.921-03:00VÁ TOMAR UM BANHO!<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<br />
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Não sei se acredito nisso porque nasci na Bahia, cidade quente e úmida, onde precisamos tomar uns 3 banhos por dia para nos sentirmos confortáveis; ou se porque minha mãe é amazonense com forte influência indígena, mas o fato é que "tomar um banho", ou uma "chuveirada", tem um efeito medicinal e psicológico comprovado na minha vida. </div>
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjLAm50mN4oqDTrjJgattqW1VC6TKIRhyphenhyphenyNp6twGmFujwY3NHaIpq0HLXDDW_l6RL-93de_UbDy0rWr3Cy6Sp6riS7GeO7us88Sy4IFjCh64fCn9fsHWGvZYYA5E55cfJ1VgE29DFTGHV4/s1600/banho-de-cachoeira1.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="212" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjLAm50mN4oqDTrjJgattqW1VC6TKIRhyphenhyphenyNp6twGmFujwY3NHaIpq0HLXDDW_l6RL-93de_UbDy0rWr3Cy6Sp6riS7GeO7us88Sy4IFjCh64fCn9fsHWGvZYYA5E55cfJ1VgE29DFTGHV4/s320/banho-de-cachoeira1.jpg" width="320" /></a></div>
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<br /></div>
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Cresci ouvindo, "vá tomar um banho" como recomendação para qualquer coisa. Vou explicar melhor.... Se o seu mal fosse uma dor de cabeça, por exemplo, na minha casa você receberia a recomendação de um banho frio. Dor de barriga, azia, febre, cansaço em geral.... um bom banho. </div>
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<br /></div>
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Aprendi desde cedo que os banhos poderiam variar entre quente e frio, a depender do que você pretende curar, e podem ser rápidos ou demorados ... os rápidos são chamados de chuveiradas. As chuveiradas não exigem o uso do sabonete, servem apenas para jogar água no corpo, e eu acredito piamente que elas levariam embora o mal que nos afligem. Acredito realmente que as chuveiradas são calmantes, curadoras e relaxantes. </div>
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<br /></div>
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Os poderes dos banhos alcançam níveis sutis em seus efeitos, eles são terapêuticos para a alma também. Crianças nervosas ou agitadas demais, falta de um bom banho. Crianças com dificuldade para dormir, ou resistindo ao sono : banho. Se você estivesse com raiva, triste, ansioso ou mau humorado : Banho! Criei meus filhos com muitos banhos. Ao acordar, banho. Muito agitado ou chegou na escola cansado, banho. Antes de dormir, banho. </div>
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<br /></div>
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Meu marido ri das minhas recomendações de banho para tudo, eu replico dizendo que ele é europeu, e que europeus descobriram o banho quando descobriram o Brasil, e que se assustaram quando viram os índios molhados o tempo inteiro. Na crença dos europeus naquela época, os banhos poderiam fazer mal a saúde. Quem nasceu em país tropical sabe que sem eles, morreríamos. </div>
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<br />
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgurdtWQqrW2prfAIWHUSrUIU0OUQsulOmMFemUv2qgfYoGPAH7aqmieBwStAzO7-ffJsx8GNKjpc-C9h5-bWOW61PUVWlFmCUnIaRTFrZvm-eyWw0CiGDTweiHgMRYFaxijxFX_eFxclo/s1600/14364698_1402584369756514_1055510527049179469_n.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgurdtWQqrW2prfAIWHUSrUIU0OUQsulOmMFemUv2qgfYoGPAH7aqmieBwStAzO7-ffJsx8GNKjpc-C9h5-bWOW61PUVWlFmCUnIaRTFrZvm-eyWw0CiGDTweiHgMRYFaxijxFX_eFxclo/s320/14364698_1402584369756514_1055510527049179469_n.jpg" width="319" /></a></div>
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<br /></div>
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Gosto da água. Gosto de mergulhar, gosto de nadar, gosto de piscina e de mar. Não gosto muito de praia, ficar no calor, no sol ...isso não é muito minha cara, mas ficar na água, é. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
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Sinto uma paz enorme quando estou nadando ou mergulhando. Gosto do som da minha respiração quando estou nadando ou mergulhando .... adoro o silêncio que encontramos dentro d'água ... gosto de fazer rituais pessoais na água ... de entrega, de limpeza, de renovação, de purificação .... </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
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O mergulho tem o poder de me levar a um estado meditativo. Encontro um estado de mente muito tranquilo e silencioso quando mergulho. Encontro o que mais se aproxima de um esvaziamento mental, quando mergulho. Mergulhar/nadar e meditar são quase que sinônimos para mim. Quem assistiu o filme "Imensidão azul" sabe sobre o que estou falando. A vontade é de mergulhar, mergulhar e mergulhar ....</div>
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<br /></div>
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<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
então, se eu puder te dar um conselho ....<br />
<br />
Tome um banho! </div>
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<br /></div>
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<br /></div>
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Ludmilahttp://www.blogger.com/profile/05430554832630940164noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-4193504021330597685.post-17552744346850400242016-10-20T05:41:00.000-03:002016-10-20T09:22:44.191-03:00DESPEDINDO DA ARÁBIA SAUDITA<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<br />
<div style="text-align: justify;">
Chegou o dia de ir embora. Depois de 2,5 anos morando na Arábia Saudita, estou indo embora. O plano sempre foi esse, sabíamos que ficaríamos de 2 a 3 anos aqui. Essa é a etapa final de um projeto que meu marido trabalha e que nos fez mudar para Houston nos EUA, e para Seul na Coréia. Tudo como planejado. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Levarei algum tempo para assimilar as experiências que vivi nesse país tão estranho e fechado. Cada vez que tento pensar no que levo de bom dessa experiência, penso nas incontáveis viagens que fiz nesse tempo. Penso na Rússia, na Hungria, Suíça, França, Espanha, Bélgica, República Tcheca, Itália, Alemanha, Áustria, Holanda, Turquia, Egito, Emirados .... morar na Arábia significou estar bem pertinho da Europa....viajar para passar um final de semana em Munich bebendo aquela cerveja maravilhosa... reconheço que o aeroporto foi um lugar de grandes alegrias... </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Outra experiência indescritível e que me proporcionou prazeres quase que orgásticos, foi atravessar a ponte que liga o Reino dos Sauditas, ao Reino do Bahrain. Aquela ponte me fazia um bem enorme.... no meio dela eu já suspirava e sentia uma alegria imensa inundar minha alma.... O Bahrain onde se vende a cerveja mais cara do mundo, foi um paraíso para mim. Tirar as roupas pretas, beber uma cerveja ou vinho, rir alto sem medo de ser presa...ai...vocês não podem imaginar o que isso significa...ninguém pode, a não ser quem viveu aqui.</div>
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<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Cada vez que tento pensar nas coisas boas que vivi aqui, lembro que nesse período, meu filho caçula se formou, me fazendo experimentar a maior felicidade do mundo, ver o último filho formado! Lembro dos inúmeros Círculo das Deusas que realizei aqui! Os Grupos de Bioenergética! Trabalhei aqui! Dei minha primeira aula em Inglês. Realização absurda! </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
As pessoas me perguntam se sentirei saudade de algo. Não, não sentirei. Coisas? Não. Claro que sentirei saudade de muitas pessoas ... Algumas pessoas tocaram minha alma profundamente (de prazer e dolorosamente também). As levarei comigo nas lembranças, nas fotos, nas histórias e com certeza, eu sei que muitas delas, a vida vai proporcionar reencontros em que riremos muito do que vivemos aqui ... outras entretanto, sei que não encontrarei mais.... amigas indianas, holandesas, malásias, filipinas .... sei que apenas as verei virtualmente ...assim é a vida. Deixei pessoas queridas quando saí da Korea, sei como isso funciona. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Pensar nos nossos motoristas indianos, pensar nos funcionários do compound que são nepaleses, pensar em Von e Ronny (filipinos que sempre tomaram conta de Menino quando viajávamos) ... faz meu coração apertar. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Queridos, obrigada pela paciência que tiveram comigo, não esqueço nunca que entrei na menopausa aqui e passei meses sendo insuportável. Obrigada pelos sorrisos e pelas lágrimas que compartilhamos. Obrigada por terem aberto comigo o leque da alma humana, do que temos de pior até o que temos de melhor... O que levo daqui são as vibrações que tocaram minha alma ... essas entraram na minha pele, como tatuagem e ficarão comigo para sempre.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
... e Menino... ah Menino! </div>
<div style="text-align: justify;">
Meu presente precioso .... Tinha que vir pra cá pra conhecer meu bebê louro e gordo.... Não sei como agradecer ao Universo por nos oferecer tanto amor (algumas dentadas também). Meu gatão é o troféu mais precioso! Ganhei no primeiro dia que aqui cheguei e levo onde for. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjW8tRargDiPkvLMt3KuZq3Dw65jNDKMrd_AUclXnhViIMJu7SOOkh3_9W5s6NvrTqG3d6BHx6n4BAr0YIYRKJYTFTh9IH0_4DzJmXmZgF3Y-WCTLX_ur68Tjnn9zUKuN0L4JfcdLtPwsg/s1600/13731577_1343205549027730_7628084195935467367_n.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjW8tRargDiPkvLMt3KuZq3Dw65jNDKMrd_AUclXnhViIMJu7SOOkh3_9W5s6NvrTqG3d6BHx6n4BAr0YIYRKJYTFTh9IH0_4DzJmXmZgF3Y-WCTLX_ur68Tjnn9zUKuN0L4JfcdLtPwsg/s320/13731577_1343205549027730_7628084195935467367_n.jpg" width="240" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</div>
Ludmilahttp://www.blogger.com/profile/05430554832630940164noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-4193504021330597685.post-30753981210364850382016-10-02T07:40:00.002-03:002016-10-02T12:07:51.709-03:00UMA BOA SENSAÇÃO DE MIM MESMA<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<br />
<div style="text-align: justify;">
Quando comecei a praticar yoga, aos 16 anos, descobri uma sensação de pertencimento ao Universo. Isso foi mágico! A busca era sentir ser pertencente ao todo. A meta era buscar a sensação de unidade e encontro com tudo e todos. Busquei meditando anos a fio... Meditava, praticava samiami, yoga, Backti, Karma-yoga, jnani-yoga...e tudo que pudesse me conectar ainda mais fortemente com essa sensação preenchedora....</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgAoDZR77AGTcqbS3bUZdW3Eenvh8cueNnnihAo1Fe8IiXKHD4O21ks8VtjQV7mR8HDMtK_ExfJmleWYDOPoMSrxmQzjMVrmkHDiOcLdaYsogccKa3EkvdU-g_53zblc4qdM4ouYX-QfsM/s1600/14370170_1402584933089791_1217227015179981832_n.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgAoDZR77AGTcqbS3bUZdW3Eenvh8cueNnnihAo1Fe8IiXKHD4O21ks8VtjQV7mR8HDMtK_ExfJmleWYDOPoMSrxmQzjMVrmkHDiOcLdaYsogccKa3EkvdU-g_53zblc4qdM4ouYX-QfsM/s320/14370170_1402584933089791_1217227015179981832_n.jpg" width="320" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Não sei se tive sucesso, não sei se me tornei mais empática, talvez tenha me tornado mais impaciente com o que julgo sem importância... sei lá... não sei o que teria me tornado sem esse caminho que trilhei..... </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Mas, nesse anos de prática, desenvolvi algo muito legal que foi a idéia de coletividade, a consciência das causas coletivas....aprendi a tirar o foco dos meus problemas pessoais, e ver "o todo" como muito mais importante.... as causas coletivas, ao invés das individuais. Buscando um significado maior para a existência....resolver problemas básicos do dia-a-dia parecia não fazer muito sentido, ou melhor dizendo, buscava uma vida que valesse a pena e que tivesse sentido.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Acho realmente que as lutas contra o racismo, homofobia, machismo são minhas causas e meus problemas. Penso até que poderia ter uma vida menos complicada, se não fosse tão complexa, mas pode também ser também que eu esteja me enganando esse tempo todo e tenha sempre pensado egoísticamente na minha <b>"sensação de si mesmo"</b>, e esse tenha realmente sido minha meta todos os esses anos ... pode ser.... o que seria um autocentramento. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Com a prática do Yoga e anos e anos de terapia, e estudo....a pergunta que sempre me acompanha é: <b>"qual a minha sensação de mim mesma nesse momento?"</b>. Perceber como me sinto em relação a alguém, ou alguma situação ou problema, tem sido meu leme, e é isso que dá direção ao meu barco.... Essa sensação tem norteado meus movimentos, minhas escolhas, minhas decisões, meus "sims" e "nãos". Nem sempre elas me levam a favor da maré, muitas vezes sinto que remo contra ... o que há de se fazer? Se tenho uma boa sensação de mim mesma apesar do esforço ( as vezes solidão), de remar contra a maré, seguirei mesmo assim. Sigo.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Já percebi claramente como me arrependo quando me traio.... meus instintos não costumam falhar...minha voz interna...minha sensação de mim mesma não costuma falhar....</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Acho que todo mundo sabe um pouco sobre o que estou falando...., mas se você ainda não escutou essa voz; se você ainda não se conectou com essa sensação ... pare um pouco e se escute.... é hora de ouvir o que vem de dentro. É hora de não mais se trair.</div>
</div>
Ludmilahttp://www.blogger.com/profile/05430554832630940164noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4193504021330597685.post-24548644911682476982016-07-07T11:23:00.000-03:002016-07-07T11:59:56.762-03:00OS ÚLTIMOS MOMENTOS DE VLAD (texto de Wilson Langeani Filho*)<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div class="page" title="Page 1">
<div class="section" style="background-color: rgb(100.000000%, 100.000000%, 100.000000%);">
<div class="layoutArea">
<div class="column">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "helvetica";"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "helvetica";">– Vamo nessa!
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "helvetica";"><br /></span></div>
</div>
</div>
<div class="layoutArea">
<div class="column">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "helvetica";">Era a deixa usual do anfitrião. Para os frequentadores da residência, apesar de certa rispidez no
enunciado, o bota-fora não melindrava ninguém. Pelo contrário. O impagável bom humor e a
hospitalidade do dono da casa nos fins de noite memoráveis, nos irreverentes colóquios
vespertinos, em papos profundos e destrambelhados, nas divertidas pajelanças, as oportunidades
dos flertes regados a um suprimento infindável de drinks e trilhas sonoras poderosas, as tertúlias
literárias ... o leque de atividades edificantes compensava, com folga, o desapontamento da
súbita e eventual interrupção.</span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiVEB3AD9faZ6C8WFoz8LcHX0GZKc27_T2ZaQiLaxMzbqbLlRxHScHpiWRBkg9pun3vH3RQaFOHyXdvZdXw6ptr-JAu74iZbLcgdkkhgEfuPk9XPVNMjgt-wQNn1TBSQCbklbIShEvJu5A/s1600/992963_425226740918669_48547355_n.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiVEB3AD9faZ6C8WFoz8LcHX0GZKc27_T2ZaQiLaxMzbqbLlRxHScHpiWRBkg9pun3vH3RQaFOHyXdvZdXw6ptr-JAu74iZbLcgdkkhgEfuPk9XPVNMjgt-wQNn1TBSQCbklbIShEvJu5A/s320/992963_425226740918669_48547355_n.jpg" width="320" /></a></div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "helvetica";"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "helvetica";">Assim era o jeito cativante, e sutil, de Vladimir. Quando chegava o momento do repouso do
guerreiro, que de tudo e todos independia, ele tascava um ponto final na estória. Aos presentes,
não raro uma festiva multidão de dez ou mais – considerando a singela metragem dos 40 m</span><span style="font-family: "helvetica"; vertical-align: 3pt;">2 </span><span style="font-family: "helvetica";">do
apartamento –, restava o caminho da roça, já na expectativa da próxima esbórnia.
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "helvetica";"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "helvetica";">Naquela terça-feira, 17 de maio, uma simples dupla dividia o espaço.
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "helvetica";">Aqui cabe um adendo. Há quase vinte anos, com o objetivo de manter uma atividade física
minimamente regular, nadávamos no Clube dos Médicos durante os finais de semana. Por
envolver o período matinal, o encorajamento mútuo era estrategicamente importante para
conservar a saudável tradição. Dedicados, mas sem extravagâncias, não eram incomuns os
perdidos, de lado a lado. “Hoje não, estou cansado”; “tá meio frio”; “sem condições: ressaca
braba!”; “sentindo uma dorzinha aqui”; “preguiça ... mas amanhã vamos sem falta”.
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "helvetica";">Assim foi no sábado anterior. Mas eis que um distraído telefonema vespertino resgatou os planos
para o domingão. Senti firmeza no combinado. Pouco depois, porém, Vladimir liga de volta. “Estou
cheio de provas para corrigir, não consegui fazer o que tinha programado para hoje, amanhã vai
ser difícil, vamos deixar pra lá”. Estranhei um pouco, mas não era nenhuma novidade.
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "helvetica";"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "helvetica";">No vai-não-vai dos acertos do final de semana, ele estava bem. Voz boa, animado, contou as
novidades do aniversário da nossa querida Nis, comemorado no começo da semana anterior em
um barzinho, onde, como sempre, causou. <table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right; margin-left: 1em; text-align: right;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEggO_tr38WUDkh55nq0iZnzioj3MyzGsFnbZnoNIuo4giwDRXNCVveoUnn1XgLHdYgAm8tOmpESuSaa5zMI-YDhroX_sPIhvWCKEJ6nAzkdTFK1NmlPFdyfenXm9lNmAw3YfI2YlN3ujjQ/s1600/13102900_1014505471990790_7719659796423426263_n.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEggO_tr38WUDkh55nq0iZnzioj3MyzGsFnbZnoNIuo4giwDRXNCVveoUnn1XgLHdYgAm8tOmpESuSaa5zMI-YDhroX_sPIhvWCKEJ6nAzkdTFK1NmlPFdyfenXm9lNmAw3YfI2YlN3ujjQ/s320/13102900_1014505471990790_7719659796423426263_n.jpg" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">festa da Niss</td></tr>
</tbody></table>
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "helvetica";"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "helvetica";">Na segunda-feira, à noitinha, telefona. Durante uma consulta pela manhã o doutor requisitou seu
retorno acompanhado de um familiar próximo. Mau sinal. A mãe viria de Salvador. Sua voz estava
um pouco engrolada. Aliás, nada soava muito bem. Respirava com certa dificuldade. Fazia uns
dias que as náuseas não o deixavam alimentar-se direito. E concluiu: “Meu carro está na oficina,
não tenho como sair e estou ficando sem água e papel higiênico”. Na hora me prontifiquei:
compras, médico? Ele declinou. “Aguenta até amanhã, sem problemas”.
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "helvetica";"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "helvetica";">Pouco depois do almoço, abastecido, chego ao edifício. Logo ao entrar no apartamento fiquei
apreensivo. Vacilante, ele se desdobrava entre manter o equilíbrio e varrer do chão da cozinha os
cacos de vidro da garrafa de água que acabara de derrubar. Detalhe: descalço. Também, o Conde
Vlad tinha múltiplos talentos, mas o manejo da vassoura, definitivamente não estava entre eles.
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "helvetica";"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "helvetica";">Assumi a operação e perguntei se havia se alimentado. Ao desabar na poltrona, abatido,
respiração curta e difícil, pediu água. “Não consigo comer, volta tudo”. E soltou: “Tô mal, mermão”.
Quis levá-lo para o hospital. “Não precisa. Tenho médico na quinta, meu sobrinho chega amanhã
e vai comigo.” Permaneci um pouco para fazer companhia, mas não durou. “Wilson, vamo nessa”.
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "helvetica";"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "helvetica";">Respeitei sua vontade mas saí preocupado. Em pouco mais de uma hora, me liga. “Não estou
conseguindo respirar”. Puta que pariu. “Vou chamar o resgate e tô indo praí”. A distância entre
nossas casas é pequena, mas foi um longo trajeto. O porteiro, conhecido, me deixou subir direto.
Toquei a campainha, bati, e nada. “Vladimir!”. A resposta veio num sussurro. “Já vou”. Consigo
ouvir através da porta ele pelejando, quando meu celular começa a tocar. Ignorei porque
finalmente conseguiu abrir e pude entrar. Com o telefone na mão, era ele quem me ligava.
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "helvetica";"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "helvetica";">Desta vez fiquei assustado. Seu olhar estava vazio. O esforço drenou sua energia. Foi preciso
ampará-lo. Vladimir era grande, pesado, mas conseguimos que se ajeitasse no sofá, bem menor
que ele. Apesar do desconforto, o que importava era respirar. Ao se recuperar, quis ir para a cama.
Uma meia dúzia de passos novamente esgotou suas forças. O resgate não demorou e o hospital
onde ele se tratava aceitou a internação. Tranquei a casa, deixei as chaves na portaria e fui atrás.
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "helvetica";"><br /></span></div>
</div>
</div>
</div>
</div>
<br />
<div class="page" title="Page 2">
<div class="section" style="background-color: rgb(100.000000%, 100.000000%, 100.000000%);">
<div class="layoutArea">
<div class="column">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "helvetica";">Na emergência, ele assistido, pediram que permanecesse: um rosto familiar é um conforto
psicológico. Mas passei a sobrar no entra-e-sai de médicos e enfermeiros: a pressão arterial
persistia baixa. Fui defenestrado. Logo voltaram a me chamar. “Quer entrar mais um pouco?”
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "helvetica";"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "helvetica";">Lembro bem de uma sóbria conversa, como de hábito, que tivemos há um tempo aqui em casa. O
tema era a finitude da vida, de onde viemos, coisas assim. Num rompante, já diagnosticado, ele
largou: “Sempre fiz tudo o que tive vontade. A gente tem que encarar o que vier. Não tenho medo
da morte, não”.
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "helvetica";"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "helvetica";">Lá dentro, e na verdade desde que o vi àquele dia, achei-o tranquilo. Me pareceu mesmo que
desde à véspera. Quando o médico plantonista debruçou no seu leito, foi pragmático. “Precisamos
tomar uma decisão. Como está consciente, isso cabe a você. O seu prognóstico é muito ruim”.
Vlad não se alterou. “Você precisa ser entubado. Ficaria mais estável e seria mais sereno, embora
sedado. Entretanto, minha recomendação é esperar o máximo possível, enquanto você está
consciente”. Não houve hesitação. “Não quero ser entubado”.
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "helvetica";"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "helvetica";">Fiz um sinal ao doutor. Com função a hepática comprometida, sua sobrevida era uma incógnita.
Nada havia a fazer além de garantir-lhe conforto. Precisava avisar sua família. O médico
concordou.
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "helvetica";"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "helvetica";">Tinha o número da casa dos pais, em Salvador. Pai falecido, e se a mãe atendesse? Nenhuma
mãe merece ouvir isso por telefone, ainda mais de um estranho. Vladimir tinha três irmãs.
Tentamos, sem sucesso – ele já um pouco aéreo –, que se recordasse de algum dos números.
Lembrei do seu celular que tinha ficado sobre a mesa, em sua casa. E lá fui eu. A caminho, ia
imaginando como se participa uma notícia dessas. Para qual iria ligar, se afinal, além dos nomes,
nada mais sabia delas, quem teria melhores condições de assimilar uma bomba daquelas?
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "helvetica";"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "helvetica";">Ao chegar, uma surpresa: o telefone de um primo me aguardava na portaria. Marco atendeu logo.
A prima era sua esposa, Grace. Conversamos sem meias palavras. Sem entender como, soube
que a mãe, irmãs e sobrinhos, estavam sabendo de tudo e viriam no dia seguinte. E, para
melhorar, os dois já estavam quase no hospital. Quando cheguei, eles falavam com o médico.
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "helvetica";"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "helvetica";">Ocorreu que enquanto Vladimir e a mãe acertavam a viagem, por acaso o sobrinho escutou o
telefonema. Indagou da avó o motivo, se dispôs a substituí-la e comentou com a mãe. Residente
no exterior mas por uma feliz coincidência no Brasil, Ludmila resolveu procurar diretamente o
médico do irmão. E ele foi taxativo: Vladimir não tinha mais condições de ficar só. Foi um choque.
Embora ciente, a família desconhecia detalhes: Vladimir se mantinha reservado e evasivo quanto
à sua condição. Imediatamente começaram a se movimentar e ligaram para pedir à prima, em
São Paulo, que fosse à casa dele. “Ele saiu de ambulância com um amigo”, informou o porteiro.
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "helvetica";"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "helvetica";">Conhecia Vlad desde a infância. Em Salvador, frequentávamos o mesmo clube. A amizade vingou
em São Paulo, já adultos, depois de alguns esbarrões no bar do Ciccio. “Te conheço de algum
lugar ...”. Estive com o cara quase a vida toda. Era praticamente um irmão. Permaneci ao seu
lado durante todo o tempo àquele dia. Mas quando Grace entrou e passou a confortar o primo,
quando ouviu que a mãe, irmãs, sobrinhos, estavam a caminho, pensando nele e torcendo, foi ali
que o vi ficar em paz.
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "helvetica";"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "helvetica";">Vlad seguiu para a UTI. O reencontramos inconsciente e entubado, mas seu semblante, tranquilo.
A médica intensivista, com muito tato, disse que o quadro era bastante grave. “A família chega
amanhã”, informamos. “Talvez ele não passe dessa noite”. Não havia mais nada para ser dito.
Deixamos os telefones e o pedido para ser avisados, independentemente da hora. Mais alguns
instantes junto ao leito e foi tudo. Era por volta de dez horas da noite.
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "helvetica";"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "helvetica";">O telefone tocou quatro e meia da manhã. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "helvetica";"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "helvetica";">*texto escrito por Wilson Langeani Filho, amigo de Vlad, que esteve ao lado dele em muitos momentos de alegria e nesse último. Nós da família, somos extremamente gratos por ele ter estado lá .... </span><br />
<span style="font-family: "helvetica";"><br /></span>
<span style="font-family: "helvetica";">Segue uma pequena homenagem aos amigos que estiveram ao seu lado desse baiano em São Paulo ....</span><br />
<span style="font-family: "helvetica";"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
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<br />
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</div>
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<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
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<br />
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</div>
<br />
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</div>
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<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
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</div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
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<br /></div>
</div>
</div>
</div>
</div>
Ludmilahttp://www.blogger.com/profile/05430554832630940164noreply@blogger.com6tag:blogger.com,1999:blog-4193504021330597685.post-14636118231908490732016-06-18T14:24:00.003-03:002016-06-18T18:11:46.135-03:00FÊNIX - SEM MEDO DA MORTE<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgYJEm0IXKyS4O21YU4EVv-aVKYrynmClD-h3N5d-4TuZb6n9YXTMS4wDcWFOHNCQjjBX5n4RWGq3cR2lpKrbkzz68n3ZFWNLwgQO9sM3c2RBcvaW0nzULK6SOIQ8x7N4vB1kVv2UrNdIc/s1600/13254601_1304215359593416_1920064638761826619_n.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgYJEm0IXKyS4O21YU4EVv-aVKYrynmClD-h3N5d-4TuZb6n9YXTMS4wDcWFOHNCQjjBX5n4RWGq3cR2lpKrbkzz68n3ZFWNLwgQO9sM3c2RBcvaW0nzULK6SOIQ8x7N4vB1kVv2UrNdIc/s320/13254601_1304215359593416_1920064638761826619_n.jpg" width="226" /></a></div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
Aos 52 anos achei que estava na hora de fazer minha tão sonhada tatuagem da Fênix. Fiz.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Nessa fase da vida, o fogo que me queima até a "morte" não me assusta mais. A certeza de que renascerei, é total. A forma, a aparência já não importam tanto.... posso renascer em várias formas....tanto faz....</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Nessa fase da vida, tenho a certeza de que o que eu antes achava que me mataria, e que agora quando muito, apenas me machuca ou fere, mas não me mata....</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Nessa fase da vida, um poder enorme emerge impulsionado pela certeza de que preciso de muito pouco, e de poucos....</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Não por acaso que a Fênix surgiu sob as folhas do outono. Elas são a marca da maturidade....o desapego que deixa ir, o que não é para ficar... deixa morrer o que não faz mais sentido de estar ali. As folhas que caem e morrem, são o alimento para as novas folhas que nascerão.... o fogo que queima e transforma a fênix em cinzas, é o que possibilita que ela surja cada vez mais livre e conectada com o seu poder. Poder que vem da certeza de que essas "mortes" são libertadoras e apesar de dolorosas, são bem vindas. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Não há vida sem morte.</div>
<div style="text-align: justify;">
Não há renovação sem desapego.</div>
<div style="text-align: justify;">
Não há eternidade sem finitude.</div>
<div style="text-align: justify;">
Não há liberdade, se há medo da morte. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</div>
Ludmilahttp://www.blogger.com/profile/05430554832630940164noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-4193504021330597685.post-76985850389860345822016-06-09T18:11:00.000-03:002016-06-10T13:40:14.585-03:00O VLAD QUE CONHECI - Vai em Paz, Miserável! (ÚLTIMA PARTE)<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
Esse último post é uma tentativa de agradecer todo o carinho e respeito aos alunos, ex-alunos, colegas e amigos que compartilharam com meu irmão o que ele tinha de melhor, sua inteligência, sua irreverência e paixão. Não existem palavras suficientes para agradecermos por vocês terem compartilhado conosco as histórias que vocês viveram com ele. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Seguem algumas imagens que encontramos no facebook dele, e segue o nosso amor e gratidão.</div>
<div style="text-align: justify;">
Sinto muito pela perda de vocês, e de todos os que não o terão como professor e amigo daqui pra frente.</div>
<div style="text-align: justify;">
Meus sentimentos.</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhtWewaACv5zTDOcgrBlmwF_nMpEGZ3IJDmH-1_VKDGQjTYT9mNYJxqiONVQwH6B46TtbQExoH67s_qqDphjWHX5T3zmq0VPq5Ae74FRbNQqqNtEEgrhnIf36ygb1YNl4CzdlGX9a0JOmQ/s1600/326371_2919283305861_745720444_o.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="212" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhtWewaACv5zTDOcgrBlmwF_nMpEGZ3IJDmH-1_VKDGQjTYT9mNYJxqiONVQwH6B46TtbQExoH67s_qqDphjWHX5T3zmq0VPq5Ae74FRbNQqqNtEEgrhnIf36ygb1YNl4CzdlGX9a0JOmQ/s320/326371_2919283305861_745720444_o.jpg" width="320" /></a></div>
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<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
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<br /></div>
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<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Eu acho que você viveu muito pouco, meu irmão, mas você fez a diferença na vida de muitas pessoas, e por isso viverá eternamente na lembrança de muitas delas. Tenho certeza de que você viveu mais intensamente que a maioria das pessoas que conheço, e fez valer a vida que teve.<br />
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Vai em paz, meu irmão.<br />
Vai em paz, Miserável.<br />
<br />
P.S. Se vc tem foto ou histórias para compartilhar, comente esse post e conte pra gente! Isso nos alegrará imensamente. </div>
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</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</div>
Ludmilahttp://www.blogger.com/profile/05430554832630940164noreply@blogger.com9tag:blogger.com,1999:blog-4193504021330597685.post-19450738896388247802016-06-07T17:12:00.001-03:002016-06-09T14:01:57.307-03:00O VLAD QUE CONHECI - ENTRE LIVROS (parte 6)<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<br />
<div style="text-align: justify;">
Impossível falar do meu irmão Vladimir, sem fazer relação com meu pai. Eles se pareciam muito, e foram minhas primeiras referências no mundo masculino. Eles eram brilhantes, marcantes e tinham uma forte presença, nunca passavam despercebidos. Fiz essas comparações nos posts anteriores, e farei mais uma vez nesse, que é o sexto post dessa série. </div>
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<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Quando nosso pai morreu, (contei no post anterior), levamos muito pouco tempo para arrumar e nos desfazer de suas coisas pessoais. Descobrimos o que já sabíamos, meu pai era desapegado, não acumulava coisas... Arrumar o armário dele foi uma emoção grande... ele tinha algumas poucas bermudas, pouquíssimas calças compridas, e bem antigas, pois desde que ele se aposentara, ele se recusava a vesti-las, sapatos fechados, um ou dois, tênis e alpercatas. Ele tinha muitas camisetas, nada caro ou de marca, muito pelo contrário, a maioria eram com fotos dos netos, dos cachorros, ou de viagens lembranças de viagens (a maioria havia ganho de presente), camisetas com coisas engraçadas escritas (vesti-las era sua forma de provocar as pessoas), e camisas dos times de futebol, não me lembro se tinha alguma oficial, eram na sua imensa maioria coisa barata. Bonés, que também que havia ganho de presente de viagens.<br />
<br />
O fato é, não levamos muitas horas para doar tudo que ele tinha para os funcionários do prédio que ele morava e para escolhermos uma camiseta que tivesse valor afetivo. Eu mesma peguei uma que ele havia comprado quando nos visitou em Houston, que estava escrito: "Mi casa es tu casa, pero mi cerveja non."</div>
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<br /></div>
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<div style="text-align: justify;">
Um dia após a cerimônia de cremação de Vladimir, eu e minha irmã Tatiana, fomos desmontar o apartamento dele. Tínhamos pressa, não moramos em SP, tínhamos que adiantar tudo e voltar pra casa. Não sabíamos o que seria, como faríamos, o que encontraríamos.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Encontramos livros, livros e mais livros. Vladimir desde sempre amava ler. Ela sempre gastou seu dinheiro com livros. Desde que ele recebeu seu primeiro salário como estagiário, que ele gastava comprando livros. Vlad tinha um sofá e uma poltrona, que deviam ter uns 20 anos, muitas roupas que doamos para instituição de caridade, um computador que não era nada demais, um aparelho de som bem simples, LPs e CDS, um carro velho de 2002, e livros, muitos livros.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Impressionante que ele não tenha trocado de carro, que ele não tenha comprado coisas que lhe oferecesse mais conforto material. Ele comprava livros, o tesouro dele eram os livros.<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
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</div>
<div style="text-align: justify;">
<br />
Em uma estante, encontramos carinhosamente expostos, os seus troféus: Placas e mais placas de homenagem de várias turmas que ele paraninfou, objetos que percebemos ser presentes dos alunos, ao lado dos seus muitos livros, e isso foi um conforto enorme para mim e minha irmã. Vlad não era só, ele tinha uma família enorme, ele tinha os alunos, os ex-alunos, os amigos e os livros.<br />
<br />
O carinho com que ele guardava as homenagens dos alunos, devia ser uma prova de reciprocidade do que ele havia recebido por todos esses anos, muito carinho também. Vlad foi amado e admirado. Ele com certeza tinha restrições com relação a intimidade, mas ele era querido por ser uma pessoa brilhante, bem humorada, irreverente, inteligente, sarcástico e por amar o que fazia.<br />
<br />
Ele amava ser professor e isso ele aprendeu com nossa mãe, que foi professora a vida inteira e amava o seu trabalho mais que qualquer coisa na vida. Algumas vezes tentei sugerir que ele parasse de trabalhar e fosse para Salvador se tratar melhor, e ele rejeitou qualquer continuação de conversa sobre esse tema. Ele trabalhou doente, trabalhou enquanto pôde, trabalhou até morrer. Encontramos dois pacotes de provas dos alunos sobre a mesa. Ele trabalhara até o fim, literalmente.</div>
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</div>
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<br /></div>
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Limpamos o apartamento, doamos os livros de economia, as homenagens dos alunos para a FACCAMP, onde ele lecionou nos últimos e muitos anos.<br />
<br />
<div style="text-align: justify;">
O vizinho ao lado do seu apartamento, abriu a porta para nos atender, e sua cadela, Abigail e seu gato, Sancho Pança, entraram correndo no apartamento de Vlad para ver o que estava acontecendo, e procurar o amigo. Vagaram desolados com o esvaziamento daquele lugar que parece que eles conheciam bem. A síndica do prédio, ainda chocada, pois nem sabia que ele estava doente, fazia elogios ao fato de que ele não dava problemas, o que acho que era efeito da santificação que a morte produz, pois acho que ele deve ter dado muito trabalho aos vizinhos.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Os porteiros e o pessoal da limpeza chocados e desolados, esforçavam-se para nos ajudar. A sua faxineira falava sobre o homem bom que ele era. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
O fato é que a morte é para todos, mas a vida é para os que escolhem viver. Vlad escolheu viver a vida dele do jeito dele, e viveu. Foi bem sucedido no que investiu energia, poderia ter vivido muito mais, e ensinado a muito mais alunos, lido muito mais livros e nos presenteado com seus posts no facebook por muito mais tempo. Ninguém merece morrer aos 53 anos, mas ninguém pode negar que ele viveu intensamente a vida que escolheu, e que viveu sem dar satisfação a ninguém das suas escolhas (isso parece uma sonho). </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
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Meu filho mais velho ficou com LPs e alguns livros, meu sobrinho ficou com um casaco do Botafogo, trouxe alguns livros para meu filho caçula que mora aqui nos EUA, além de blusas do Bota. Minha mente fotografou cada canto daquele lugar que foi sua caverna, e levarei comigo uma parte da história dele, que foi algo que ainda não sei definir bem, mas que me compõe como pessoa, pois faz parte da minha vida e da minha história.</div>
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O próximo post será provavelmente o último, e farei um álbum com as fotografias que ele tinha de amigos a alunos para deixar registrado meu respeito e agradecimento aos amigos e alunos, que foram a família que ele escolheu. </div>
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Ludmilahttp://www.blogger.com/profile/05430554832630940164noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-4193504021330597685.post-48327312194162432542016-06-05T15:36:00.000-03:002016-06-05T20:16:01.516-03:00O VLAD QUE CONHECI - O FILHO DO PAI (parte 5)<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjKzwRIr0s5Ec__zlqykjVGeSDVqx-LpMAVH9Qmy565r3TXoF9TnAlTPmPPeRdjDF_4MEkU-425gSEzLfE6NDoZaqTe2LO6Ad9vnGYf9sjdKKbypSGtWhVsjhNR_FZNmDBowA9lljlMhF4/s1600/13221042_1306543956027223_6205445894126310336_n.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjKzwRIr0s5Ec__zlqykjVGeSDVqx-LpMAVH9Qmy565r3TXoF9TnAlTPmPPeRdjDF_4MEkU-425gSEzLfE6NDoZaqTe2LO6Ad9vnGYf9sjdKKbypSGtWhVsjhNR_FZNmDBowA9lljlMhF4/s320/13221042_1306543956027223_6205445894126310336_n.jpg" width="320" /></a></div>
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A relação de Vlad com meu pai era muito especial, mas devo dizer que meu pai amava demais os filhos, era um paizão apaixonado e completamente seduzido por todos nós. Escrevi sobre ele nos posts <a href="http://mulheremcrescimento.blogspot.com/2011/06/luta-continua-companheiro.html">A Luta Continua Companheiro</a> , que foi a minha despedida depois da sua morte; e <a href="http://mulheremcrescimento.blogspot.com/2009/08/enre-netos-e-cachorros.html">Entre Netos e Cachorros</a> , um post em homenagem ao Dia dos Pais. A forma de ser irreverente e inconformada do nosso pai, explica muito do Vladimir que todos conheciam, vale a pena ler os dois posts citados. </div>
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Vlad nasceu no Rio de Janeiro em 62. Um primeiro filho amado, desejado, lindo e leonino. Ele era o centro de tudo. Meu pai tinha uma mania de colocar apelidos nos filhos, e Vlad inaugurou isso, ele era o "Homão", sim, o aumentativo de homem. Pra vocês terem noção de quanto esses apelidos eram fortes, meu filho caçula quando tinha uns 5 anos, teve que fazer um trabalho na escola sobre a família, foi quando descobrimos que ele não sabia o nome verdadeiro do tio, pois ele escreveu com ajuda da professora, na lacuna do nome do tio, "Almão". Eu perguntei pra ele como era o nome do tio, ele respondeu: "Almão", e ficou espantado com a novidade dele se chamar Vladimir.</div>
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Vlad era um orgulho imenso de Jair de Brito. Ele amava saber que Vlad estudara Economia, e que discutia política. Embora tivessem opinões contrárias em quase tudo nesses aspectos, eles tinham muitas coisas em comum, e a maior de todas: o gosto pela polêmica. Eram polêmicos por natureza. Amavam uma discussão acalorada sobre temas políticos. Amavam discursar e serem escutados. Adoravam provocar discussões. Eram muito parecidos nisso. Esse era um universo masculino na nossa família, não lembro da nossa mãe, ou das minhas irmãs, gostando disso. Eu não suportava, a polêmica me cansava, mas eles se divertiam.</div>
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Quando Vlad sofreu o acidente que quase o matou, (contei sobre isso na parte 3 dessa sequência de posts), vi o quanto um pai pode sofrer por um filho. Meu pai urrava de dor. Chorava alto pelos corredores do hospital. Nunca imaginei ver meu pai naquele estado um dia, ele não suportou ver o filho na UTI, meu pai não aguentou a dor de saber que o filho poderia não ser mais o mesmo depois que saísse do coma, e não suportou a possibilidade de perder o filho. Nossa mãe sofria quieta, calada, contida ...., nosso pai se desmanchava em dor. </div>
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgMyOzRoZLF39F-FU02Wr4tmL3DNbyBcztK98bXFC5ou6jHHYtTgHWq_YjGKC-SdGtGBrVhiKuEdHix5Q5mlUaa0HY2SsD2sdBoLWDuSimhSfmV8-bsntKAooT8XdYAdfmh9ccGwF570ZU/s1600/13241102_1176286595725746_1982546847051038961_n.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgMyOzRoZLF39F-FU02Wr4tmL3DNbyBcztK98bXFC5ou6jHHYtTgHWq_YjGKC-SdGtGBrVhiKuEdHix5Q5mlUaa0HY2SsD2sdBoLWDuSimhSfmV8-bsntKAooT8XdYAdfmh9ccGwF570ZU/s320/13241102_1176286595725746_1982546847051038961_n.jpg" width="240" /></a></div>
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Vladimir tinha um defeito imperdoável, uma mancha que meu pai preferia não ver, ou que ele não entendia onde havia errado: Vlad torcia para o Bahia, o arquirrival do Vitória, time do meu pai. Esse tema era delicado, um sacaneava o outro na medida que os times subiam ou desciam no campeonato baiano, mas essa rivalidade era compensada pelo amor em comum pelo Botafogo. Ambos torciam e sofriam juntos pelo Fogão. Essa era uma compensação que meu pai aceitava e que oferecia algum tipo de conforto pela traição no Campeonato Baiano.</div>
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Os dois amavam um bom papo, mas acima de tudo, uma boa polêmica. Gostavam de cerveja e futebol. Gostavam de uma mesa de bar, eram populares, daquele tipo que todos conheciam. Adoravam discutir política e economia. Os dois eram excelentes leitores, liam jornais e livros, além de revistas semanais. Eram parceiros a distância em muitos temas. Discutiam sobre tudo até algum cansar e se retirar. Os dois eram bons nisso também, saiam das situações ou davam limites aos que tentavam invadi-los, com maestria. Os dois gostavam da solidão. Eram livres das obrigações sociais, e as atendiam apenas quando "tinham saco" para isso.</div>
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Pressenti a morte do meu pai, sabia que esse dia estava chegando, embora ele não estivesse doente. Morava nos EUA nessa época, fui ao Brasil um mês antes do meu pai morrer, fiquei uma semana com eles, sabia que era uma despedida, quando me despedi do meu pai com um beijo na testa, ele estava deitado na rede, eu sabia do fundo do meu coração que aquele seria meu último beijo nele em vida. Escrevi pra Vlad alertando-o sobre minha intuição, já que nós éramos os filhos que moravam fora. Eu disse pra ele que ele desse mais atenção ao velho, pois eu sentia que nós o teríamos por pouco tempo. Vlad não alimentou essa conversa, achou que era "viagem" minha. Um mês depois, sou acordada por um telefonema de uma irmã, que avisava da morte dele.</div>
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Viajei para o Brasil naquela noite, cheguei a tempo do fim do funeral, e para me despedir do nosso pai....Vlad que tinha ido de SP, me abraçou e disse: "bem que você me avisou, minha irmã...". Ele estava destruído, todos nós estávamos. Perder nosso pai, foi uma dor imensa. </div>
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg4PqmOgWDgmvJMyz2yHWaIHCQX7QJTbNTOTyI17n2NKaCTkOCMtf3jD7fwIxL2LxUtFX9pCvRnDC0obfyTtMS3RBzfh90ioWbVNl-upQp61BSKk3LGMXs3qOO3LfAaN06RlBy5HeXktLs/s1600/272056_10150238638437800_5981982_o.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="217" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg4PqmOgWDgmvJMyz2yHWaIHCQX7QJTbNTOTyI17n2NKaCTkOCMtf3jD7fwIxL2LxUtFX9pCvRnDC0obfyTtMS3RBzfh90ioWbVNl-upQp61BSKk3LGMXs3qOO3LfAaN06RlBy5HeXktLs/s320/272056_10150238638437800_5981982_o.jpg" width="320" /></a></div>
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Pouco tempo depois da morte do nosso pai, Vladimir recebe o diagnóstico de câncer no fígado. Conversamos sobre a doença, dentro do limite que ele me oferecia, mas como meu marido havia lutado contra o câncer alguns anos antes e se tratado em São Paulo, ele algumas poucas vezes me deu liberdade (pouca) para conversarmos sobre a nossa experiência nisso.</div>
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Na época eu pensei o quanto o universo era perfeito por ter tirado meu pai da terra a tempo dele não saber que o filho estava doente, e que sofreria muito com o tratamento que se seguiria. </div>
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Quatro anos após, no funeral de Vlad, vendo minha mãe tão pequena e fragilizada, agradeci mais ainda ao universo que meu pai não estivesse ali, e sim do outro lado....esperando Vlad para mais uma discussão, agora sobre a queda de Dilma e do PT.<br />
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Ludmilahttp://www.blogger.com/profile/05430554832630940164noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-4193504021330597685.post-4237213589944929892016-06-02T14:23:00.001-03:002016-06-03T16:58:18.523-03:00O VLAD QUE CONHECI - O ESTRANHO (parte 4)<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<br />
<div style="text-align: justify;">
Esse post faz parte de uma sequência, leia os que vieram antes, só assim será possível entender essa história....<br />
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Depois do acidente de Vlad, que contei no post anterior, uma pessoa estranha surgiu para nós da família. Hoje, como psicóloga e como pessoa adulta, posso entender melhor, a imensa dificuldade e dor que ele viveu, as perdas foram imensas. As pernas que nunca mais serviriam para o futebol, a voz que ficou arrastada, a pausa no auge da vida, pais extremamente ocupados com seus trabalhos exaustivos para notar que algo de muito errado estava acontecendo. Nenhum investimento em cuidar dos sentimentos dele. Não lembro de nenhuma atitude que pudesse nos levar a um caminho amoroso ou de encontro. Ele era apenas um jovem de 20 anos, com certeza precisava de mais ajuda do que as que os médicos poderiam dar.<br />
<br />
Tenho certeza de que esse foi um período de exclusão para ele. Ele reagiu contra nós, e não posso condená-lo. Morávamos em um lugar que odiávamos. Saímos do bairro que crescemos, e mudamos para um bairro feio e longe de tudo que conhecíamos. A lembrança que tenho desse período é como estivéssemos em um barco afundando, e o lema era: <b>"salve-se quem puder"</b>. Não lembro de ninguém feliz nessa época. Para ser sincera, eu me retirei da família, já havia mergulhado no yoga, meditação, estudos e trabalho, fui cada vez mais fundo, como uma sobrevivente de um naufrágio ... não lembro nem das minhas irmãs. Vlad fez o mesmo. Éramos uma família de 6 pessoas, cada uma isolada da outra... sobreviveríamos ao naufrágio, mas em ilhas separadas.<br />
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjGLPAfI0jz7Vm7BX2N8EkFGl2n1ycyKQiQu8rUE8Agn887jr0W0SfvwHSOVJyHyEre1BN_VOK3ZupD3Ji3f7AkzjDPTs9lRnFX9QWvIFhdsbpFF-OfuepYhkBzp68nayQsr2kxndni_EQ/s1600/13239899_1162884867097511_5263168009139511111_n.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjGLPAfI0jz7Vm7BX2N8EkFGl2n1ycyKQiQu8rUE8Agn887jr0W0SfvwHSOVJyHyEre1BN_VOK3ZupD3Ji3f7AkzjDPTs9lRnFX9QWvIFhdsbpFF-OfuepYhkBzp68nayQsr2kxndni_EQ/s320/13239899_1162884867097511_5263168009139511111_n.jpg" width="255" /></a></div>
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Vlad voltou-se de forma muito agressiva contra todos nós, levei anos para entender o que estava acontecendo, e enquanto não entendia, reagia com violência também. Nossa família era um palco de desencontros, brigas e distanciamentos.... Quando os sentimentos não são cuidados, são empurrados para debaixo do tapete, em algum momento toda a estratégia de defesa e organização, caem por terra, o que sobra é a dor, a mágoa, as faltas e as lembranças.<br />
<br />
Meu irmão tornou-se, para mim, um homem grosseiro, sarcástico ao extremo e rude. Eu não devolvia com flores o que ele me ofertava, nossa relação era extremamente belicosa. Ofensas dos dois lados. Briga e separação. Não fomos fáceis um para o outro. Tínhamos palavras duras e ofensas prontas. Não consigo lembrar de nada bom e leve dessa época. Éramos dois titãs em guerra. Uma queda de braço poderosa se estabeleceu entre nós dois. Leonino e Capricorniana em guerra. Salve-se quem puder.<br />
<br />
Adoraria mentir e dizer que nossa família era linda, mas não era. Era uma família normal e com muitas dificuldades para lidar com os sentimentos. </div>
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<br /></div>
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Já morávamos em um outro lugar e amávamos. Essa mudança nos fez algum bem. Nesses anos, eu estava completamente envolvida com a universidade, e ele também. Ele conseguira sua vida de volta, mas para nós da família, sobrava muito pouco dele, e nem sei se o queríamos. Vladimir tornou-se um incomodo. Viver longe dele era um alívio. A saudade do que ele havia sido um dia, permaneceu, mas acho que agradecíamos quando ele não estava. Mas na verdade, éramos ilhas distantes uma da outra.....</div>
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<br /></div>
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Casei antes de completar 22 anos, ou seja menos de 4 anos após seu acidente, fui embora viver minha vida....</div>
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Ele formou-se, e foi embora.... </div>
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<br /></div>
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... e nunca mais voltou, exceto para as férias e por alguns períodos curtos, mas infelizmente, ficou claro que não existia lugar para ele naquela casa. Apenas meu pai amava quando ele estava em Salvador, mas para nós, tudo ficava meio caótico quando ele chegava. Ele fumava muito, ele não se relacionava conosco, ele era um estranho. Sua vida social era rica. Saía muito, mantinha os amigos, víamos a vida dele através de um abismo que nos separava e que era intransponível. Em família, ele apenas conversava com os sobrinhos, com meu marido e com nosso pai. Eram as pessoas que o escutavam e que conversavam sobre futebol, economia e política. Nós, as irmãs, eram estranhas .... ele era um estranho para nós. </div>
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<br /></div>
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj69sZZffM8TpAVBVPilI91Slmf5INVVRb0D_PunQekKU5PtTmFieCYI-aTq0ufOOoGioQP36phSkE8UOdprnhaK0FEr8Nl8j5YVYIobCyuU5HbJRt4jOj8HgIPvoVPcEmsnb8X9hINX2Y/s1600/1502422_742720272483739_2677249680281017153_o.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj69sZZffM8TpAVBVPilI91Slmf5INVVRb0D_PunQekKU5PtTmFieCYI-aTq0ufOOoGioQP36phSkE8UOdprnhaK0FEr8Nl8j5YVYIobCyuU5HbJRt4jOj8HgIPvoVPcEmsnb8X9hINX2Y/s320/1502422_742720272483739_2677249680281017153_o.jpg" width="320" /></a></div>
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João e Maria se detestam quando estão próximos....se amam na distancia...<br />
<br />
<br />
Sabíamos da sua vida em São Paulo, pelo mundo virtual....primeiro o Orkut, onde foi criado uma comunidade de alunos do "baiano", adorávamos ler as histórias que eles contavam sobre nosso irmão. Mais tarde o Facebook.... passamos a acompanhá-lo virtualmente. Isso era extremamente excitante, pois um Vlad lindo e amado nos era mostrado por estranhos. Um Vlad que lembrava os áureos tempos.....</div>
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<br /></div>
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No próximo post, conto sobre a morte do nosso pai, e sobre a descoberta da sua doença. </div>
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Ludmilahttp://www.blogger.com/profile/05430554832630940164noreply@blogger.com8tag:blogger.com,1999:blog-4193504021330597685.post-59048649072756943742016-05-30T13:47:00.001-03:002016-05-31T18:41:08.940-03:00O VLAD QUE EU CONHECI - A QUASE MORTE (parte três)<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<br />
<div style="text-align: justify;">
As novas gerações nunca saberão como eram tensos os dias que antecediam a divulgação do resultado do vestibular. Naquela época, passar na Federal era o que importava, não existiam tantas universidades como hoje existem. Passar no vestibular era um acontecimento importante, e o dia que o resultado ia sair, ninguém saía de casa, ninguém desgrudava do rádio, os locutores oficiais iriam ler em ordem alfabética os nomes dos futuros universitários, e começando pela área 1, até a área 5. Claro que depois dos resultados anunciados, o carnaval começava em Salvador, cidade em que morávamos. </div>
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<br /></div>
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No ano de 1981, eu esperava pelo resultado do meu vestibular. Vlad já havia passado um ano antes, e cursava com sucesso, Economia. Eu havia passado o ano meditando e praticando yoga, confesso que não esperava nada e confiava na Lei do Karma, como uma bicho-grilo perfeita, achava que os caminhos já estavam traçados e os mestres sabiam o que era melhor para mim. Muito engraçado pensar nisso depois de 34 anos, mas era assim mesmo.<br />
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgckgAULp3A9cOFlueTK7FWF9OJ0Wp9zc1Oi-emN04VYkjdSYEUXOTg2r-ctFfeDtwYVWyqouC__R-h89dKAQmkzLY1GMgWyAzBybi9X1Cgwb1giLVHR4cT6FGehcHYINBZOXS1k8Y2sgo/s1600/414822_2458167980450_389289868_o.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="180" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgckgAULp3A9cOFlueTK7FWF9OJ0Wp9zc1Oi-emN04VYkjdSYEUXOTg2r-ctFfeDtwYVWyqouC__R-h89dKAQmkzLY1GMgWyAzBybi9X1Cgwb1giLVHR4cT6FGehcHYINBZOXS1k8Y2sgo/s320/414822_2458167980450_389289868_o.jpg" width="320" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
Passei no vestibular. Ouvimos meu nome no radio, assim como ouvimos um ano antes, o de Vlad. Os Deuses Brahmam, Vishnu e Shiva devem ter me ajudado. Fui para meu retiro espiritual fazer meditações e entoar mantras de agradecimento. Vlad foi para a Barra, bairro onde as festas e comemorações aconteciam.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br />
Toda Salvador jovem estava lá. Como Vlad conhecia quase a cidade inteira, ele estava comemorando a vitória de centenas de amigos, e provavelmente minha também. Mas a alegria para ele, e para a maioria que estava ali naquele ano, acabou de repente. Dois carros que faziam "pega" (racha), percorreram a avenida em frente a Praia da Barra, de forma violenta, e um deles atropelou Vladimir, que foi atirado pra tão longe que os amigos tiveram dificuldade de encontra-lo.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Muita gente perseguiu o motorista criminoso, foi um momento de extrema tensão em Salvador. Muitos jovens tentavam salvar Vlad, que havia sumido com o impacto e que mais tarde foi achado debaixo de um carro há uns 20 metros de distância de onde havia sido atingido. </div>
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<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Terror, revolta, consternação, sangue, sangue, muito sangue.....<br />
<br />
Muito difícil para todos que ali estavam acreditar que aquilo estivesse acontecendo.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Vladimir foi levado para o Hospital Português, foi internado na UTI com traumatismo craniano, fratura nos braços e pernas, e com o rosto desfigurado.<br />
<br />
Nunca imaginei ver meu irmão assim, mas ver meu pai urrando pelos corredores do hospital, foi pior ainda. Os médicos não conseguiam garantir que ele sairia vivo; se saísse vivo, não conseguiam nos dizer quais os prejuízos que ele teria. Falaria outra vez? Andaria? Quais as consequências do traumatismo craniano? Ninguém sabia. Ele acordaria do coma? Lembraria de algo? A medicina daquela época não tinha muitas respostas.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Salvador parou. Todos os jovens que andavam pela Barra, conheciam Vlad. A porta do hospital virou um verdadeiro ponto de encontro. As pessoas iam pra lá, e lá ficavam. Luto na cidade. Era muito triste tudo aquilo .....<br />
<br />
..... mas assim como na morte, o tempo leva o glamour de tudo.....o choque e o horror dos amigos, dos colegas e dos conhecidos, transforma-se em um dia-a-dia penoso e sofrido... a vida continuava para todos, menos para ele que perdeu uma parte importante de sua vida, no auge da juventude, da beleza e do sucesso, lá estava ele numa cadeira de rodas, sem falar direito, e com toda a vida na tecla "pause". Ele, apenas ele perdeu um ano de vida.... talvez o mais importante. Vlad tinha 19 anos e estava em recuperação de um acidente grave que o deixou em coma e com sequelas para toda a vida.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Vlad levou meses pra se recuperar, muletas foram suas companheiras na recuperação, muitas cirurgias nos joelhos (que nunca foram os mesmos), braço, rosto, aprender a falar e a andar de novo, voltar a vida......ele foi retirado por um ano inteiro do ápice de sua vida. Um sofrimento que nem podemos imaginar. Ele foi sequestrado pelo destino, mantido em um quarto, em uma cadeira de rodas.....perdeu um ano, perdeu a identidade, a faculdade, perdeu namorada, amigos, tempo.....<br />
<br />
Mas ele voltou. Um ano depois lá estava ele....seguindo....mais leonino que nunca.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Um detalhe de toda essa tragédia ficou para mim, quando ele saiu do coma, ainda na UTI, os médicos diziam que ele estava em semi-coma, uma pessoa por dia podia vê-lo na UTI, naquele dia eu entrei para ..... ele completamente desfigurado (nunca esquecerei sua imagem), olhou pra mim e disse: </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
- "Lu, eu vi Buda." Eu chorei.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Como irmã penso que, depois desse acidente que quase o matou, e o retirou da vida por um ano, ele nunca mais foi o mesmo.<br />
<br />
Mas como uma Fênix, ele voltou.<br />
<br /></div>
</div>
Ludmilahttp://www.blogger.com/profile/05430554832630940164noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-4193504021330597685.post-17987477459754734112016-05-25T10:10:00.002-03:002016-05-30T14:08:28.628-03:00O VLAD QUE EU CONHECI - O HERÓI E SUA SOMBRA (parte dois)<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<br />
<div style="text-align: justify;">
A adolescência começa a chegar para nós dois. Já temos mais duas irmãs. Nosso pai completamente envolvido com o sindicato, nossa mãe trabalhando em três turnos. Éramos uma família confusa. Não tínhamos dinheiro, vivíamos no mesmo pequeno apartamento, só que agora com mais duas irmãs, com idades tão distantes uma da outra, que adolescíamos, enquanto uma brincava e a outra era bebê. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Tudo fica muito sombrio nessa época, nas nossas vidas. Meu pai absolutamente estressado com o sindicato, nossa mãe trabalhando em três empregos, nos virávamos não sei como. Foi então que a nossa relação fica muito, mas muito distante. Eu era aquela que tentava fazer tudo certo, que tentava não dar problemas, a chata. Vlad era individualista ao extremo. A socialização e a sexualização próprias da adolescência separou os dois irmãos. Eu o achava egocêntrico, egoísta, individualista... nos agredíamos mutuamente. Ele envolve-se com drogas, eu com yoga e meditação. Os dois buscam saídas.... fugas, sublimações....caminhos alternativos...a realidade era demais.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh4P7n_w7yHgmsiPhR4WmoOEYfEfr4eq0tyFAdHwYv0DtLhcxUhdordpZhLKJBQ8uhzjf5Y4I8IjIz03XVbcqivKewakHygDw58oDvP4hyphenhyphenz2pH4IY5HL5sUKqZaeVsxqAnBy7n2s8muaWE/s1600/13227011_1307244299290522_7959500904410278689_n.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh4P7n_w7yHgmsiPhR4WmoOEYfEfr4eq0tyFAdHwYv0DtLhcxUhdordpZhLKJBQ8uhzjf5Y4I8IjIz03XVbcqivKewakHygDw58oDvP4hyphenhyphenz2pH4IY5HL5sUKqZaeVsxqAnBy7n2s8muaWE/s320/13227011_1307244299290522_7959500904410278689_n.jpg" width="320" /></a><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh4P7n_w7yHgmsiPhR4WmoOEYfEfr4eq0tyFAdHwYv0DtLhcxUhdordpZhLKJBQ8uhzjf5Y4I8IjIz03XVbcqivKewakHygDw58oDvP4hyphenhyphenz2pH4IY5HL5sUKqZaeVsxqAnBy7n2s8muaWE/s1600/13227011_1307244299290522_7959500904410278689_n.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><span style="text-align: justify;"><br /></span></a><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh4P7n_w7yHgmsiPhR4WmoOEYfEfr4eq0tyFAdHwYv0DtLhcxUhdordpZhLKJBQ8uhzjf5Y4I8IjIz03XVbcqivKewakHygDw58oDvP4hyphenhyphenz2pH4IY5HL5sUKqZaeVsxqAnBy7n2s8muaWE/s1600/13227011_1307244299290522_7959500904410278689_n.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><span style="text-align: justify;"><br /></span></a><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh4P7n_w7yHgmsiPhR4WmoOEYfEfr4eq0tyFAdHwYv0DtLhcxUhdordpZhLKJBQ8uhzjf5Y4I8IjIz03XVbcqivKewakHygDw58oDvP4hyphenhyphenz2pH4IY5HL5sUKqZaeVsxqAnBy7n2s8muaWE/s1600/13227011_1307244299290522_7959500904410278689_n.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><span style="text-align: justify;"><br /></span></a><span style="text-align: justify;"></span></div>
<div style="text-align: justify;">
Eu tinha minhas amigas, ele tinha os amigos dele. Claro que ele tinha muito mais amigos, ele era popular, e carismático. Confesso que eu sentia ciúmes dele. Continuava a ser a "irmã de Vlad", e isso que antes me confortava, agora me enlouquecia. Brigávamos por tudo. Não tínhamos privacidade, não tínhamos espaços individuais, não tínhamos um bordo que nos amparasse nesse momento de conflito. Nossos pais não tinham olhos para o quão bélicos estávamos. Os conflitos foram sendo diários e desgastantes, mas vejo que não houve qualquer interferência para nos ajudar na época. Meu irmão da infância, já não existia. Sentia uma tristeza disfarçada pela raiva.</div>
<br />
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<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Mas desse fase das nossas vidas quero contar algumas histórias que não devem morrer comigo, e que quem o conheceu adulto, com certeza merece saber. Nesse post, contarei uma memorável.</div>
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<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Estudávamos no mesmo Colégio, ele um ano na minha frente. Quando ele terminou o terceiro ano, fez vestibular para Economia na Universidade Federal da Bahia, e passou. Para mim, restava ainda um ano de escola até que eu fizesse vestibular também. Bom, preciso contar que sou de Humanas, odiava com todas as minhas forças matérias como matemática e Física. Na verdade, eu não as odiava, mas adoraria que elas fossem ensinadas em português ao invés de russo. Vlad era bom em tudo, exceto em artes. Na quarta unidade do terceiro ano, eu precisava tirar 14 em física, isso significava que eu iria direto para a recuperação se não tirasse uma boa nota nessa prova. Eu não sabia nada, mas em minha defesa, preciso lembrar-lhes que o professor dava aula em russo, pelo menos para mim era assim que parecia. </div>
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<br /></div>
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<div style="text-align: justify;">
Então, vamos para a prova. Vlad, como ex-aluno do colégio, era fiscal de provas, mas não da minha sala obviamente. Eu estava na sala, com mais uns 60 outros alunos do colégio, e olhava a prova sem entender nada, costumo não perder tempo com o que não sei, não sou daquelas que acredita em milagres, e sempre tive total consciência do que sei e do que não sei, então em 10 minutos a prova já estava quase toda marcada, e eu estava prestes a passar os "chutes" para o gabarito, quando vejo Vladimir entrar na minha sala, ele pede licença para o fiscal e troca de lugar com ele, o fiscal sai, ele caminha na minha direção, eu imediatamente começo a tremer, e com a voz retumbante dele, coloca um papel na minha mesa e diz em alto e bom tom: "ISSO É PRA VOCÊ NUNCA DIZER QUE EU NÃO TE DEI NADA!!". Chama o fiscal da sala de volta, e sai.</div>
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<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Era o gabarito, ele havia respondido a prova pra mim. Tirei 10, mas a sala toda também tirou, porque eu passei o crime adiante, não queria testemunhas, queria cúmplices. </div>
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<br /></div>
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjAPZay8UfwQjL9COhC4qZch9is6sYRPw7UcalO3BSjy-VZ6tlDvetyrAGvQxYLVCB9hXVojZb5lN6GxN4itOJ0yhyphenhyphenjr6lY3G7zQnosrCDnxqWwHb2ri7cpLQe_SILSwxQlLgPOraA5irA/s1600/13254514_1307244339290518_3021402148944792386_n.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjAPZay8UfwQjL9COhC4qZch9is6sYRPw7UcalO3BSjy-VZ6tlDvetyrAGvQxYLVCB9hXVojZb5lN6GxN4itOJ0yhyphenhyphenjr6lY3G7zQnosrCDnxqWwHb2ri7cpLQe_SILSwxQlLgPOraA5irA/s320/13254514_1307244339290518_3021402148944792386_n.jpg" width="320" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
Mas claro que o crime nunca é perfeito. Alguém que estudou nos denunciou. Babaca!!! Jurei de pé junto que não sabia de nada e que isso era invenção dos maledicentes, apesar do meu 10 destoar das notas do ano todo que não chegavam a 5. Toda a sala jurou que nada houvera naquele dia. Todos inocentes. Vlad perdeu o "emprego" , mas entrou definitivamente para a história do Colégio Alfred Nobel. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
No próximo post vou contar no acidente que quase o matou e o deixou em coma com traumatismo craniano, além de parar Salvador. </div>
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<br /></div>
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjFlfE3I6WXyMppd7CLgoM5VVYWsgah7Dn0F3gOhPOkcGMCTfILuz6uOxFSLbQx8e_4vEhx1IvYRqoukfiU-ZkVpm3Ez-QXqrDuMhhmMRIQWWpEfz3oDu7Bjdf4O9eZqEdOANM-RIhUu20/s1600/10172785_972581599423462_195147667993024586_n.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjFlfE3I6WXyMppd7CLgoM5VVYWsgah7Dn0F3gOhPOkcGMCTfILuz6uOxFSLbQx8e_4vEhx1IvYRqoukfiU-ZkVpm3Ez-QXqrDuMhhmMRIQWWpEfz3oDu7Bjdf4O9eZqEdOANM-RIhUu20/s320/10172785_972581599423462_195147667993024586_n.jpg" width="240" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
continua....</div>
</div>
Ludmilahttp://www.blogger.com/profile/05430554832630940164noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-4193504021330597685.post-33021019278928613592016-05-23T12:06:00.002-03:002016-05-23T23:56:22.078-03:00O VLAD QUE EU CONHECI (parte um)<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<br />
<div style="text-align: justify;">
Nascido no Rio de Janeiro em 1962, o baiano era carioca. E assim começa uma história cheia de brilho e sombra, do meu irmão. Assim começa a história de Vladimir, filho de Jacira e Jair , primos de primeiro grau, vindos de Manaus e Belém. </div>
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<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjmOorf-lznVJZFNwhBN1yYIzZpedDbYQgqoqKIs_9iZFkmHvUJCA8QvXkBcMWIdISMS-R_QPopI33-FQ5LrY5CUgcmPIkdJIKYvY12LNphUUzMI3sS4TZWRp7X4P2qK7t7wH2Lrni_hqM/s1600/13240632_1303309196350699_4704565305917907333_n.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em; text-align: justify;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjmOorf-lznVJZFNwhBN1yYIzZpedDbYQgqoqKIs_9iZFkmHvUJCA8QvXkBcMWIdISMS-R_QPopI33-FQ5LrY5CUgcmPIkdJIKYvY12LNphUUzMI3sS4TZWRp7X4P2qK7t7wH2Lrni_hqM/s320/13240632_1303309196350699_4704565305917907333_n.jpg" width="240" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
Primeiro filho, mais que desejado e amado. Não foi filho único por muito tempo, porque eu, sua irmã, nasci 1 ano depois em dezembro de 63, quando nossa família já morava em Salvador. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Nosso pai era membro de Partido Comunista Brasileiro, o extinto PCB, e fundador do maior sindicato dos petroquímicos da Bahia. Tempos difíceis para ser comunista. Em março de 64 acontece o golpe militar, nosso pai foi preso dentro de casa, deixando nossa mãe com um garoto de um pouco mais de um ano, e uma bebê de 3 mêses. Os nomes russos dos filhos (Vladimir e Ludmila) eram uma prova contra ele, além de livros, panfletos e sua história de sindicalista. Obviamente não tenho lembranças dessa época, mas ela reverberou em toda a nossa vida. Passamos por situação de muito aperto financeiro, minha mãe teve que contar com ajuda de vizinhos, já que nem família eles tinham na Bahia.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Dessa época, apenas sei histórias que nos contaram, mas as lembranças com Vlad são bem presentes. Sempre que penso em mim enquanto criança, lá está Vlad, ao meu lado. Não tenho nenhuma lembrança de um dia sequer da minha infância em que não o sentisse como meu protetor. Ele desde muito pequeno, assumiu o cuidado para comigo. Eu era sua irmã pequena, ele cuidava de mim, e me protegia. Ao contrário dele, sempre muito confiante e extrovertido, eu fui uma criança tímida, e medrosa, tê-lo perto de mim era a única forma de me sentir confiante. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Íamos a pé para a escola, de mãos dadas. Íamos para a praia sozinhos, de mãos dadas. Ele era meu protetor em tudo. Anos depois, após muita terapia, descubro que vivi com ele o arquétipo de "Joãozinho e Maria", éramos nós dois e a floresta escura. Eu assustada, e ele tentando não estar, porque tinha que me proteger. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Dormíamos em beliche, ele embaixo, eu em cima. Eu tinha medo de escuro, tinha insônia desde criança, eu chorava sozinha, e ele dizia: "Lu, você está chorando? Não chore, eu estou aqui." Eu passava a noite chamando por ele, e ele dizendo "vai dormir, Lu".<br />
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiJ0oeROEItLb23tK6CY4duaxQdHUTOMZN0fCEkyS41fHX8AsIlEqqz7gskuP43-My0ReiDvGhex0abGHjvoQ2mGvhJNyuXgKS-RBTSkhyphenhyphen44myHWVRr-y53oDCrpaIU-Azxn1Xj3QRSw7Q/s1600/10624741_972627009418921_5694799910409818636_n+%25281%2529.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiJ0oeROEItLb23tK6CY4duaxQdHUTOMZN0fCEkyS41fHX8AsIlEqqz7gskuP43-My0ReiDvGhex0abGHjvoQ2mGvhJNyuXgKS-RBTSkhyphenhyphen44myHWVRr-y53oDCrpaIU-Azxn1Xj3QRSw7Q/s320/10624741_972627009418921_5694799910409818636_n+%25281%2529.jpg" width="292" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
Na escola, ele era o meu protetor. Nada, nem ninguém iria me fazer algum mal, por que eu era a <b>irmã de Vlad. </b>Todos o conheciam e admiravam. Vlad era brilhante. Aquele estudante que todos queriam ser. Ele era suspenso por mal comportamento, e constantemente aprontava alguma arte, mas suas notas eram completamente monótonas, sempre 10. Ser o cara que apronta e ainda tirar 10, era o máximo. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Ele era popular, conhecido, famoso. Fazíamos natação no mesmo clube, e lá ele também conseguia ser alguém que se destacava. Nunca o achei competitivo, talvez por isso ele não fosse um atleta de ponta, mas era um nadador com estilo, um jogador de futebol e um surfista que sabia se divertir. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg-3YxlWgrCLAS2Fogleue5u6MLzx8u7S6km6EZy_4MREZeWYsu9VWPyubaNCmmcBMpQsz1dob8B2hYRPRgbIaEZpl-5I4Lmy8JtfBSGiNO1mOb2xUwktMECWZrNUauOGfRZGy3DWNHaxU/s1600/269779_252731688075127_6819378_n.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg-3YxlWgrCLAS2Fogleue5u6MLzx8u7S6km6EZy_4MREZeWYsu9VWPyubaNCmmcBMpQsz1dob8B2hYRPRgbIaEZpl-5I4Lmy8JtfBSGiNO1mOb2xUwktMECWZrNUauOGfRZGy3DWNHaxU/s320/269779_252731688075127_6819378_n.jpg" width="219" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
Na Bahia era comum na época, termos a famosa "mãe preta", resquícios da escravidão. Candinha a nossa mãe preta, tinha um filho que morava conosco que se chamava Roque, e que era da idade de Vlad, e os dois juntos aprontavam horrores. Quando os vizinhos vinham reclamar de algo, Candinha batia em Roque, a gente não apanhava, mas Roque sim. Lembro de que eu e Vlad ficávamos na porta do quarto dele, implorando pra que Candinha não batesse nele, Vlad assumia toda a culpa no apronte pra livrar a cara de Roque, chorávamos juntos ouvindo Roque apanhar. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Vlad sempre foi uma criança brilhante, diferente, forte, corajoso, meu protetor, e protetor de todos. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Na festa da Primavera da escola, eu era a flor, ele era o jardineiro que me regava. Não conseguia ser par de ninguém nas festas de São João, acho que pela minha timidez, deixavam que ele fosse meu par sempre, apesar dele ser de uma classe acima da minha.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Não tenho uma lembrança sequer ruim dessa época das nossas vidas. Nossas brigas começaram na adolescência, que contarei depois, mas nossa infância, ele é o que existiu de melhor pra mim. Eu realmente me sentia como Mariazinha perdida na floresta e sem chance alguma de sobreviver, sem o meu Joãozinho.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Pra encerrar esse primeiro post sobre minha vida com Vlad, quero contar a mesma história que contei no seu funeral pra que vocês entendam bem como ele era. "Morávamos em um apartamento bem humilde, no andar térreo, que era voltado pra rua. Não era incomum alguém bater na nossa porta pedindo comida ou esmola. Um dia, estávamos eu e ele na cozinha, eu estava esquentando uma sopa para mim, e ele batendo uma vitamina no liquidificador, quando bateram na porta; eu atendi; era um menino de rua pedindo comida; eu disse que não tínhamos nada e fui fechando a porta aborrecida; ele vendo aquilo, me interrompeu e disse: temos sim! e deu o liquidificador inteiro para o menino, que bebeu a vitamina com tanto desespero que escorreu pelo pescoço. Eu, fiquei envergonhada da minha pequenez, Vlad acalmava o menino para que ele conseguisse beber tudo, mas sem necessidade de pressa. Nunca me senti tão mal...a grandeza dele aparecia para os desconhecidos, e eu não conseguia ser nem sombra do que ele era. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
continua....</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
</div>
Ludmilahttp://www.blogger.com/profile/05430554832630940164noreply@blogger.com24tag:blogger.com,1999:blog-4193504021330597685.post-46355137984489507602016-04-05T12:37:00.000-03:002016-04-05T12:47:36.836-03:00ESCOLHAS - uma breve reflexão<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; color: #141823; font-family: "helvetica" , "arial" , sans-serif; line-height: 19.32px;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; color: #141823; font-family: "helvetica" , "arial" , sans-serif; line-height: 19.32px;">Se você não fizer suas escolhas, farão por você. Se você não sabe o que quer, alguém vai querer por você. Ser passivo na vida é uma escolha cômoda. Escolher muitas vezes significa ir contra a maré, desagradar, romper, mas é o único caminho da liberdade, individuação e autonomia. </span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhGUodcB1SrC3o0FibjTKAk4DpQt8WELta9ckAEPk0OMT9WVUPQIAZKSm5vIp7V3sVXyqP7GLLFhyphenhyphenkihlvd_BwoDPI3GBYPsYynienGdHaCmCiCKz-PsiNCagxNZC_eY4AJjM1fcq9Du2Y/s1600/11738008_1102703953077892_3271966602184182398_n.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhGUodcB1SrC3o0FibjTKAk4DpQt8WELta9ckAEPk0OMT9WVUPQIAZKSm5vIp7V3sVXyqP7GLLFhyphenhyphenkihlvd_BwoDPI3GBYPsYynienGdHaCmCiCKz-PsiNCagxNZC_eY4AJjM1fcq9Du2Y/s320/11738008_1102703953077892_3271966602184182398_n.jpg" width="320" /></a></div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; color: #141823; font-family: "helvetica" , "arial" , sans-serif; line-height: 19.32px;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; color: #141823; font-family: "helvetica" , "arial" , sans-serif; line-height: 19.32px;">O conforto de não fazer escolhas, é poder culpar alguém quando elas dão errado, a vitimização tem suas glórias. O ganho em fazer suas escolhas e tomar suas decisões, é ser adulto e livre, o que significa apropriar-se de si mesmo. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; color: #141823; font-family: "helvetica" , "arial" , sans-serif; line-height: 19.32px;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; color: #141823; font-family: "helvetica" , "arial" , sans-serif; line-height: 19.32px;">Muitas pesso</span><span class="text_exposed_show" style="background-color: white; color: #141823; display: inline; font-family: "helvetica" , "arial" , sans-serif; line-height: 19.32px;">as foram educadas para não desejarem, não quererem; então elas esperam que alguém queiram por elas, que alguém escolha por elas. Abrir mão do desejo, é abrir mão de uma força poderosa, força que move a vida. Sem ela, nossa vida é movida pelo desejo dos outros....do pai, do marido, da esposa, dos filhos, dos amigos, dos colegas.... </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="text_exposed_show" style="background-color: white; color: #141823; display: inline; font-family: "helvetica" , "arial" , sans-serif; line-height: 19.32px;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="text_exposed_show" style="background-color: white; color: #141823; display: inline; font-family: "helvetica" , "arial" , sans-serif; line-height: 19.32px;">Saber o que se quer, o que deseja, o que não quer, e o que não deseja, é um passo importante no processo de libertação. Ser adulto tem custo, teremos que assumir o preço disso, que é desagradar, e muitas vezes encarar solidão, mas não se esqueçam que desagradar é uma certeza na vida, e a solidão também. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="text_exposed_show" style="background-color: white; color: #141823; display: inline; font-family: "helvetica" , "arial" , sans-serif; line-height: 19.32px;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="text_exposed_show" style="background-color: white; color: #141823; display: inline; font-family: "helvetica" , "arial" , sans-serif; line-height: 19.32px;">Precisamos apenas encontrar paz nisso.</span></div>
</div>
Ludmilahttp://www.blogger.com/profile/05430554832630940164noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4193504021330597685.post-69391115263265241342016-02-13T07:15:00.000-03:002016-02-14T05:53:55.269-03:00ENCARAR O ESPELHO PARA SER FELIZ<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<br />
<div style="text-align: justify;">
Temos várias escolhas a fazer durante a nossa vida, e todas trarão consequências que teremos que encarar, querendo ou não. Podemos passar anos da nossa vida escolhendo tentar agradar os outros em detrimento de nós mesmos. Podemos também com esforço exaustivo, tentar fugir de nós mesmos, dos nossos anseios, das nossas necessidades, frustrações, medos, raivas, inseguranças .... podemos criar personagens que sob um olhar superficial, pareçam críveis, podemos até enganar a muitos, mas não a nós mesmos. Toda vez que estivermos a sós, diante do<b> "espelho"</b>, teremos que encarar a verdade, pois ninguém pode sentir a sua dor, ninguém vai sentir o seu vazio, nem resolver os seus problemas, ninguém vai encarar os medos ou frustrações por você, nem vai ter que lidar com os seus fantasmas, cedo ou tarde você mesmo vai ter que fazer isso. Como psicóloga e como pessoa que acredita que tomar posse de si mesmo, por mais dolorosos que seja, sempre será a melhor escolha, torço para isso se dê o quanto antes, a tempo de vivermos uma vida de verdade.<br />
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhQMPeyQlAP4LmNg3in83f5dcmphLNaxoIvAUYpfs3J_DYnRH2syhLiegNU2FlXGq9ngmmuDUM5RmalgLmFmLp-lRQGxF4GO5DVA9bek0WlifNy2VanU3TiOeX-X_gIcYG9RGW4rLx9ypo/s1600/wow.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhQMPeyQlAP4LmNg3in83f5dcmphLNaxoIvAUYpfs3J_DYnRH2syhLiegNU2FlXGq9ngmmuDUM5RmalgLmFmLp-lRQGxF4GO5DVA9bek0WlifNy2VanU3TiOeX-X_gIcYG9RGW4rLx9ypo/s1600/wow.jpg" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
Estar misturado e disfarçados em meio a multidão, ou fazendo coisas o tempo todo, pode até nos manter na ilusória distancia de nós mesmos. Podemos nos enganar por algum tempo, nos dizendo que as coisas vão bem, que temos lidado bem com as dificuldades porque vemos os dias passarem e nada de mais grave aconteceu, que temos sobrevivido apesar de tudo!</div>
<div style="text-align: justify;">
<br />
As mentiras dos<b> personagens</b> que criamos podem convencer muita gente, pessoas que talvez não tenham interesse sincero em saber quem nós realmente somos e o que temos passado de verdade, até mesmo porque também vivem suas mentiras, mas não conseguiremos mentir para nós mesmos por muito tempo, ou por todo o tempo ....<br />
<br />
As <b>máscaras</b> perdem a eficiência principalmente naqueles dias que a alma nos pega de jeito, nos dias que as nossas verdades não aceitam tapeações e deixam nossas feridas expostas ... nesses dias, não há como fugir ...ou sucumbimos ou nos superamos, mas mentir, atuar ou fingir não é mais opção.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Olhar com honestidade para o espelho, em busca de livrar-nos das imposições externas, de expectativas externas....desfazer das máscaras, desmontar os personagens, reconhecer a diferença que existe entre a minha defesa e o aquilo que sou de verdade, é o primeiro passo para o<b> "tomar posse de si mesmo"</b>. Apropriar-se da paz e da força que vem a partir do momento em que você descobre que não precisa fingir, que não precisa atender as expectativas externas violentando a si mesmo, é o grande ganho nisso! </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
O processo terapêutico tem essa função. Servir de espelho. O terapeuta tem a função de nos ajudar a olhar esse espelho, descobrir que não há nada mais<b> empoderador</b>, e <b>libertador</b> que a verdade, ou o autoconhecimento. Não há nada mais incrível que descobrir que existe alguém de verdade, escondido atrás de personagens exaustivos, um alguém que pode amar e ser amado, que pode caminhar com as próprias pernas e ser produtivo, um alguém que pode ser feliz, feliz de verdade. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Felicidade não é colocar, a todo custo, um sorriso eterno no rosto. <b>Felicidade é sinônimo de libertação e de verdade.</b></div>
<div style="text-align: justify;">
<b><br /></b></div>
<div style="text-align: justify;">
É possível ser feliz apesar das dores e das faltas. </div>
<br class="Apple-interchange-newline" />
<span style="text-align: justify;">É possível viver sem trair a si mesmo. </span></div>
Ludmilahttp://www.blogger.com/profile/05430554832630940164noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-4193504021330597685.post-70332287939131547072016-02-05T02:56:00.000-03:002016-02-05T06:42:23.341-03:00COMO ENVELHECER BEM - ABRINDO O LEQUE<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi6ECSo4Sz5wN3K0uRMTBYPmOpijmjauuKwrIFd8Ho884pRrF1Sf2AYDT_3pIHQkxYpB365i9o65up1cPpb5DFzPVkQ8prZcGkT5gjkbV2vb0M0QcHz11vjBcSrs_8lpzDF7rd7TEH1AxY/s1600/old+2.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi6ECSo4Sz5wN3K0uRMTBYPmOpijmjauuKwrIFd8Ho884pRrF1Sf2AYDT_3pIHQkxYpB365i9o65up1cPpb5DFzPVkQ8prZcGkT5gjkbV2vb0M0QcHz11vjBcSrs_8lpzDF7rd7TEH1AxY/s320/old+2.jpg" width="212" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
Tenho refletido muito sobre qual a melhor forma de envelhecer, mentalmente falando. As questões de saúde, atividades físicas e alimentação não serão abordadas aqui, sem querer com isso desmerecê-las, muito pelo contrário, mas apenas quero refletir como psicóloga e como mulher que já passou dos 50, que pretende caminhar de forma lúcida em direção a velhice. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Percebo o preconceito quando o tema é tratado, as pessoas chegam a me perguntar se estou deprimida, ou com medo de envelhecer. Não estou deprimida, nem tenho medo de envelhecer. A velhice sempre me pareceu confortável e libertadora; mas tenho pânico da decrepitude mental, de me tornar uma velha congelada no tempo, presa a personagens que ficaram para trás, com defesas que perderam a utilidade, cheia de medos, desatualizada e repetindo com orgulho a mórbida frase que sempre vem acompanhada por muitas teias de aranhas: <b>" sou do tempo que ...". </b></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Esse texto será o primeiro de uma série que se chamará: <b>"Como Envelhecer Bem". </b>Se vocês gostarem, compartilhem com outras pessoas maduras, que pretendem viver muito, e que não pretendem parar no tempo porque acreditam que a vida deve ser bem vivida, e cada fase deve ser celebrada. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Observando pessoas depois dos 50 e que caminham para a velhice, me dei conta que os "Leques" comumente estão fechados, ou estão timidamente abertos. Chamo de "leque" os interesses, as habilidades, os conhecimentos. Pessoas chegam a essa fase da vida, fazendo bem algumas coisas, ou comumente, as mesmas coisas. Repetem com orgulho: " sempre fui assim!" , "Sempre fiz isso!", sempre isso, sempre aquilo... Nunca fiz assim! Nunca fui lá! Nunca experimentei isso! Muitos "sempres" e muitos "nuncas". Congelamento! </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Minha proposta para é: Vamos abrir esse leque?? </div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhczy7GV_5MPEk9td6VGdttXXaFN9lRNat9Q4_Kz1cdqhGFxm8prhbNSGCIdbqbXeeQrRw-8mNTCSvQr-pyu1JR2JBKPTvkR8sFE5MKLCnkxMl7lWIZSTvPNrYdx02-xPZiTWVLkUF7vmM/s1600/old+1.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhczy7GV_5MPEk9td6VGdttXXaFN9lRNat9Q4_Kz1cdqhGFxm8prhbNSGCIdbqbXeeQrRw-8mNTCSvQr-pyu1JR2JBKPTvkR8sFE5MKLCnkxMl7lWIZSTvPNrYdx02-xPZiTWVLkUF7vmM/s320/old+1.jpg" width="213" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Se nunca fez desse jeito, que tal experimentar fazer algo diferente? Se nunca provou aquilo, que tal provar? Que tal aprender caminhos novos? Que tal aprender coisas novas?? Que tal romper com o óbvio e fazer algo, ou de um jeito novo? </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Há quanto tempo você não aprende uma coisa nova??? Isso mesmo, APRENDER! Não se contente com o que você já sabe, aprenda algo novo!!! Estou falando de um idioma novo, que tal estudar espanhol?? Italiano??? mas pode ser também um penteado novo! Que tal mudar o seu estilo? Há quanto tempo não vai ao cinema? Lê um livro?? Que tal entrar em aulas de Dança? Aprender a costurar? Marcenaria? Pintura em madeira, louça, construir móveis, tapeçaria, cuidar de animais de rua, fazer uma faculdade??? </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Não entre no mérito da coisa em sim. Estudar crochê pra mim, teria o mesmo grau de dificuldade de cursar uma faculdade para algumas pessoas. Não interessa o que você pode incluir na sua vida, interessa é que você inclua!!! Curso de Mergulho? Aprender a cortar cabelos? Curso de Redação? Culinária, artesanato, jardinagem, moda, maquiagem, construir roteiros de viagem.... ler jornais, ler sobre culturas diferentes, estudar sobre pássaros, descobrir como criar galinhas, ou codornas, criar rosas, plantar temperos, estudar budismo, yoga, aprender a meditar....</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiVqCNejZigUfmhHXG1q0OGwplq1Cfj_oU4I4Oy1G1yQ1q1wPtA5bV-tuixmxaebwMsoh8CMos6RRW17olbDfXsaigxtcpBswwTJZFVbHtW8do69dEmdjnZtHlI5HiYB99_a6qqYtTF8kY/s1600/old+3.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiVqCNejZigUfmhHXG1q0OGwplq1Cfj_oU4I4Oy1G1yQ1q1wPtA5bV-tuixmxaebwMsoh8CMos6RRW17olbDfXsaigxtcpBswwTJZFVbHtW8do69dEmdjnZtHlI5HiYB99_a6qqYtTF8kY/s320/old+3.jpg" width="238" /></a></div>
ABRA O LEQUE!</div>
<div style="text-align: justify;">
Não faça sempre tudo igual! Aprenda algo novo a cada ano! </div>
<div style="text-align: justify;">
Mantenha-se atualizado do mundo. Pertença a esse tempo! </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Os filhos cresceram? Ótimo!!! Agora é tempo pra você! </div>
<div style="text-align: justify;">
Trabalhou muito e nunca teve tempo pra aprender a bordar? Agora é a hora!</div>
<div style="text-align: justify;">
Sempre quis ter um hobby, mas acha que era coisa de quem não tinha o que fazer?? Mude isso! Descubra o seu hobby, descubra o jeito de curtir a sua vida, e não infernizar a dos outros, ou viver a vida dos outros, ou esperar o tempo passar e as doenças chegarem.<br />
<br />
Mantenha a mente aberta, flexível, capaz de aprender, de se rever, de se repensar, de duvidar de si mesmo, de abrir mãos dos "sempres" e dos "nuncas". A Mente precisa continuar a aprender, essa é a única forma de continuar jovem.<br />
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b><br /></b></div>
<div style="text-align: justify;">
<b><br /></b></div>
</div>
Ludmilahttp://www.blogger.com/profile/05430554832630940164noreply@blogger.com9tag:blogger.com,1999:blog-4193504021330597685.post-14166303151696936702015-12-01T08:23:00.000-03:002015-12-01T09:48:29.679-03:00SEJA HOMEM, NÃO SEJA MACHO!<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
As redes sociais foram inundadas pela hashtag <b>#meuamigosecreto</b> , e creio que todos devem estar acompanhando de alguma forma. São pequenos relatos cotidianos de machismo explícito (alguns tão introjetados que nem são reconhecidos como tal), e tão rotineiros que causam um desconforto em qualquer um que dedicar alguns minutos para os lerem, porque provavelmente se você é mulher, já passou por isso, ou se é homem, já fez isso. </div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEieKDmtT4zvJqUFhiJ1PAJVXxP6GKTBNBXlpSc5aoxgURA7G1XQ2L7iNzqdBU_EbKeaVL6WztzQvC55IhdmmC_5XIbdDnn33DbFJuX9W_VXPv95Q0BjhWbCFJHjhybhWvVA75nfdBIWj1Q/s1600/men+1.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEieKDmtT4zvJqUFhiJ1PAJVXxP6GKTBNBXlpSc5aoxgURA7G1XQ2L7iNzqdBU_EbKeaVL6WztzQvC55IhdmmC_5XIbdDnn33DbFJuX9W_VXPv95Q0BjhWbCFJHjhybhWvVA75nfdBIWj1Q/s320/men+1.jpg" width="173" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Exatamente por serem tão rotineiros, são muito incômodos. Eles não falam sobre homens que estupraram mulheres, ou sobre monstros que espancaram ou assassinaram suas esposas e namoradas; eles falam sobre os machismos pequenos do dia a dia, cometidos muitas vezes em forma de piadinhas ridículas, que desqualificam o feminino e suas características, e julgam de feminazi (alusão a algo como fenimismo+nazismo, se é que isso é possível) as mulheres que não se submetem a isso, como sendo as chatas e mau humoradas, que levam tudo a sério e não sabem brincar.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
É verdade, acho que não sei brincar mesmo. Não sei brincar quando os temas são <b>Homofobia, Machismo e Racismo</b>, e não me desculparei por ser "a chata" que não aceita brincadeiras rídiculas sobre esses temas. Não as aceito. Entretanto acho que todos tem o direito de serem racistas, machistas, homóbicos, imbecis, idiotas, ignorantes e o que mais quiserem ser. Assim como eu tenho o direito de ser intolerante com os que são. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
#meuamigosecreto diz que tem pena do meu marido, porque não deve ser fácil ser casado com uma feminista. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg2k0I8FrhWvQ8C_D_VYVd_jIwOUYV55wJ8nQmglz6-Mqg6PE6afR7LDevxm9y5Cn1OkyQUCg75j5_Uq5906zswFw1bgkj7cv9w3p6Dy2LHUpU8OPICmuVrCZDShz7LtYP9PkNYxzL4vAg/s1600/men+3.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg2k0I8FrhWvQ8C_D_VYVd_jIwOUYV55wJ8nQmglz6-Mqg6PE6afR7LDevxm9y5Cn1OkyQUCg75j5_Uq5906zswFw1bgkj7cv9w3p6Dy2LHUpU8OPICmuVrCZDShz7LtYP9PkNYxzL4vAg/s320/men+3.jpg" width="255" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
.... pois é, em homenagem ao meu marido, que não é macho, porque é um homem inteiro e que me ama também porque sou feminista e sei do meu valor como mulher e por isso crescemos juntos; em homenagem aos meus filhos que são homens lindos e tenho certeza absoluta que jamais desqualificariam uma mulher por ela ser mulher, e que não querem uma mulher submissa em suas vidas, porque também não são machos, são homens; em homenagem a Michael, filho de uma das minhas melhores amigas, que abre o coração publicamente e diz que ama, e que faria tudo pra ter seu amor ao seu lado; em homenagem a tantos alunos, clientes e amigos que tenho certeza que estão longe da <b>pobreza afetiva</b> dos machões, em homenagem a todos os HOMENS QUE NÃO PRECISAM SER MACHOS, porque decidiram que querem muito mais da vida, do que as misérias e migalhas afetivas que o machismo permite. Homens que querem amar e respeitar suas companheiras e companheiros, homens que disputam igualmente e de forma justa, com mulheres em ambientes de trabalho, sem usar golpes baixos, homens que educam suas filhas pra que elas se deem valor, homens que ensinam seus filhos a respeitarem as mulheres .... </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Em homenagem a todos eles, quero criar a hashtag <b>#souhomemnãosoumacho</b> .<br />
<br />
Viva os Homens!!! Abaixo os machos!!! </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</div>
Ludmilahttp://www.blogger.com/profile/05430554832630940164noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-4193504021330597685.post-40405205384602522082015-11-25T04:34:00.001-03:002015-11-26T04:05:19.529-03:00SOFIA VIAJOU PARA O NEPAL, E O MUNDO GANHOU COM ISSO<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh6e_s7vMd3Mk2EJfYoJ7MHYZt-DRePXiTZs1R3By7gNBW6uB4gihYbmgBeTmximU2vt-OBUbCfq7ZsojbUMl5X02UMMmbHbMTW5TsfHrwcySMBO-Iy05aBOZxhaQI_VAu3saERZVKAJ9c/s1600/12249972_842915192493752_2005662888480106769_n.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh6e_s7vMd3Mk2EJfYoJ7MHYZt-DRePXiTZs1R3By7gNBW6uB4gihYbmgBeTmximU2vt-OBUbCfq7ZsojbUMl5X02UMMmbHbMTW5TsfHrwcySMBO-Iy05aBOZxhaQI_VAu3saERZVKAJ9c/s320/12249972_842915192493752_2005662888480106769_n.jpg" width="240" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
Sofia é uma linda pre-adolescente que faz parte da minha vida desde que mudei para a Korea. Ela e sua família, moravam no mesmo hotel que a gente, fomos vizinhos por dois anos lá. Vi Sofia vencer desafios impressionantes. Ela saiu do Brasil, foi estudar em uma escola americana na Ásia aos 8 anos. Isso a colocou diante de situações-problemas que a fizeram lutar e chorar muitas vezes, mas que fizeram dela uma vencedora. </div>
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<br /></div>
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Agora Sofia mora aqui na Arábia, mas não no mesmo compound que eu, não nos vemos todos os dias como nos víamos na Korea, mas a acompanho de pertinho, e sempre que a reencontro me supreendo como ela está crescendo! Sofia definitivamente entrou no meu coração pra nunca mais sair. Quero estar na sua formatura, e em datas importantes para ela, quero acompanhar seus momentos de dor e de alegria. </div>
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<br /></div>
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A escola americana que ela estuda na Arábia, tem um programa de viagens com atividades, e esse ano ela entrou esse programa, foi sua primeira viagem, foi a primeira vez que ela viajou sem os pais, e para um lugar tão longe e desconhecido. Sua turma da escola embarcou com uma missão de ajudar um orfanato em Kathmandu. Eles recolheram muitas coisas para doar, inclusive computadores, brinquedos e roupas. </div>
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<br /></div>
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Quem me conhece, sabe que eu já estive três vezes em Kathmandu, e amo o Nepal, sofri muito com o terremoto que destruiu muitos lugares que amo tanto. Sabia que Sofia não encontraria um lugar lindinho e de fácil acesso. Sabia que essa viagem seria impactante para qualquer pessoa, ainda mais para uma menina ocidental.</div>
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<br /></div>
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Claro que não foi uma viagem fácil e simples. Muitas pessoas podem até achar que Sofia merecia ir a um lugar melhor, que ter escolhido ir pra Kathmandu foi um erro, ou que ela é muito nova pra ver essas coisas. Eu discordo. Acho sim que ela vai precisar de alguns anos para entender tudo que ela viveu, ela vai elaborar essa experiência aos poucos, mas acredito piamente que devemos mostrar o mundo de verdade aos nossos filhos. Criá-los em condomínios fechados protegidos de qualquer coisa que seja um pouco diferente da sua realidade, é uma forma de alienação.</div>
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<br /></div>
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Podemos criar nossos filhos alienados, despreparados, sem força para lidar com as dificuldades, com a dor, e que paralisam diante da falta; presos em uma bolha de proteção, que facilmente se rompe quando se depara com a realidade, mas podemos escolher criar nossos filhos conscientes de que o mundo não é cor-de-rosa, que a vida não vai acha-lo especial como nós pais os achamos, que ele é mais um nesse mundo que precisa de pessoas menos egoístas e mais solidárias, mundo que precisa de pessoas que não olhem apenas para os seus problemas pessoais e possam olhar mais para o outro. </div>
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<br /></div>
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiVsQ6JbPs_UYeNuWI202NaM-h3jbceSCINiLycSIzko-iSaXP-DRy1g2VrFxA65Oa4Bv70BU2ZMExKRFJgarP3oB0JNtalXcTaqU-1bSQSz3sV4mSZP3dwb2tLBk2NZE9XI4090lmLRuw/s1600/12307971_842913742493897_2687571777923532819_o.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiVsQ6JbPs_UYeNuWI202NaM-h3jbceSCINiLycSIzko-iSaXP-DRy1g2VrFxA65Oa4Bv70BU2ZMExKRFJgarP3oB0JNtalXcTaqU-1bSQSz3sV4mSZP3dwb2tLBk2NZE9XI4090lmLRuw/s320/12307971_842913742493897_2687571777923532819_o.jpg" width="240" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
Ensinar isso aos nossos filhos, é fortalecê-los para lidar com o mundo. Acho que Sofia vai levar algum tempo para entender o quanto essa viagem vai fazer a diferença na vida dela enquanto adulta, mas ela vai entender, e ela só tem a ganhar com isso. Certamente essa experiencia fará com que ela seja um adulto mais consciente e forte. </div>
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<br /></div>
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Sofia ganha com isso. O mundo ganha com isso.</div>
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<br /></div>
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Te amo, minha Sofi.</div>
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</div>
</div>
Ludmilahttp://www.blogger.com/profile/05430554832630940164noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4193504021330597685.post-44093977469060126932015-11-04T13:04:00.002-03:002015-11-04T15:41:47.302-03:00ELE PODERIA SER MEU FILHO<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
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<br /></div>
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<br /></div>
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<br /></div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiIBzPM3OCWGt5TWpzrAEu-1VAnaBtBrfnGTyHdZzXUutLsb0T2I46MBG_hpTNjF6EiGEyGjSt-j6j-LJj7mSYdRByY1Dwq_wuhZi6xfwE3qRICYWqoYeHCwl6zq0iMgY9uFJEuQBfMflI/s1600/243471_235334443148185_5147177_o.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiIBzPM3OCWGt5TWpzrAEu-1VAnaBtBrfnGTyHdZzXUutLsb0T2I46MBG_hpTNjF6EiGEyGjSt-j6j-LJj7mSYdRByY1Dwq_wuhZi6xfwE3qRICYWqoYeHCwl6zq0iMgY9uFJEuQBfMflI/s320/243471_235334443148185_5147177_o.jpg" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">meus filhos com adolescentes nepaleses, em uma praça em Kathmandu</td></tr>
</tbody></table>
<br />
<span style="text-align: justify;">Uma das coisas que mais amo é ouvir histórias, não é a toa que sou psicóloga. Amo realmente ouvir pessoas falarem de suas vidas, das suas dores e alegrias. </span><br />
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<br /></div>
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Morar fora do Brasil, e em lugares tão diferentes do mundo, me colocou em contato com pessoas e histórias que jamais esquecerei, e por serem tão lindas, acho que merecem ficar registradas. Quem sabe alguém, em algum lugar, em algum tempo distante, possa lê-las e se emocionar assim como eu me emocionei.</div>
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<br /></div>
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Aqui na Arábia Saudita não podemos dirigir, então a compania que meu marido trabalha, coloca a disposição carros com motoristas para nos atender. Esses motoristas são na sua imensa maioria, indianos e uns poucos nepaleses. Nas poucas vezes que saio sozinha com eles, aproveito para ouvir suas histórias. Pergunto sobre suas famílias, pais e mães, esposas, filhos...como fazem pra mandar dinheiro para eles e como é difícil viver num país em que eles são absolutamente invisíveis. Eles sofrem. Sofrem preconceito, saudade e solidão. Vida muito dura, por isso sempre damos boas gorjetas e sempre que posso, ofereço uma conversa que lhes mostrem o apreço e respeito que tenho por eles.</div>
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<br /></div>
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Hoje quero contar a história de Milan, um nepalês de 25 anos, hinduísta, educadíssimo e com toda aquela energia que o Nepal exala, e que me mata de saudade (claro que contei pra ele que existe uma cantora chamada Shakira, que é famosa do lado de lá do planeta e que tem um filho chamado Milan, ele não acreditou!). Ele na verdade nasceu na Índia em Darjeeling, em um campo militar. Ele tem duas nacionalidades. (claro que contei pra ele que Hollywood fez um filme lindo que se passa em Darjeeling e que tem esse nome!!! Ele não acreditou!!).</div>
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<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Ele é pai de um lindo menino de 5 mêses chamado Awee, e como todo pai orgulhoso, me mostrou várias fotos de um lindo bebzinho com aquelas bochechas rosadas e olhos puxados que nos encantam no Nepal. Sua esposa é linda também, e ele está há 3 meses longe deles e de coração partido. Não consigo imaginar a dor deles. Semana passada meu motorista era um indiano que acabara de ganhar trigêmeos, e estava contando os dias para voltar pra Índia em férias para conhecer os filhos.</div>
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<br /></div>
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Mostrei fotos da minha família de férias no Nepal, e lhe contei que meu filho caçula tem a mesma idade dele. Ele não acreditou que eu conhecia e amava o seu país, e que tinha muito orgulho de ter ido lá três vêzes, e que em uma delas eu havia levado os meus filhos, na época adolescentes. </div>
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<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Levar meus filhos ao Nepal e a Índia, foi um dos maiores presentes que imaginei poder dar a eles em vida, e talvez realmente tenha sido o maior de todos. Torço muito que um dia eles percebam isso.<br />
<br />
Antes de sair do carro, mostrei a minha tatuagem do Lord Ganesha. Ele exclamou: Ganesha! Lord Ganesha! </div>
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<br /></div>
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Milan podia ser meu filho. Eu chorei, ele prendeu o choro.</div>
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<br /></div>
</div>
Ludmilahttp://www.blogger.com/profile/05430554832630940164noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4193504021330597685.post-47750795298467052802015-11-01T03:27:00.000-03:002015-11-01T03:40:18.129-03:00MERGULHO<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjYfOfYpNbkg_5Zl-a1Z6unSJVR3Q3IUhDRH4Cf2kJM465kCPfSeRnqqE-vz5GzzcQoLt4cWZi1LOsuLbEKUeC6irXSEL9_K93vBkBOGmEPLCQE0RUHSfcDIWIgDDUw0QHz5a_DHguVIx0/s1600/mergulho.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjYfOfYpNbkg_5Zl-a1Z6unSJVR3Q3IUhDRH4Cf2kJM465kCPfSeRnqqE-vz5GzzcQoLt4cWZi1LOsuLbEKUeC6irXSEL9_K93vBkBOGmEPLCQE0RUHSfcDIWIgDDUw0QHz5a_DHguVIx0/s320/mergulho.jpg" width="228" /></a></div>
<span style="background-color: white; color: #141823; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px;"><br /></span>
<br />
<div style="text-align: center;">
<span style="background-color: white; color: #141823; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px;"><br /></span>
<span style="background-color: white; color: #141823; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px;">O meu mergulho é pra cima, é pra dentro, e é bem fundo.</span></div>
<div style="text-align: left;">
<span style="background-color: white; color: #141823; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px;"></span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="background-color: white; color: #141823; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px;">Vou até onde minha alma me permitir, vou até onde eu existir, vou.</span></div>
<div style="text-align: left;">
<span style="background-color: white; color: #141823; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px;">
</span><span style="background-color: white; color: #141823; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px;"></span>
</div>
<div style="text-align: center;">
<span style="background-color: white; color: #141823; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px;">Quando volto, volto nua, volto plena, volto leve, volto sem nada que me prenda.</span></div>
<div style="text-align: left;">
<span style="background-color: white; color: #141823; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px;">
</span><span style="background-color: white; color: #141823; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px;"></span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="background-color: white; color: #141823; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px;">Assim é o meu mergulho.</span></div>
<span style="background-color: white; color: #141823; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px;">
</span></div>
Ludmilahttp://www.blogger.com/profile/05430554832630940164noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4193504021330597685.post-75640659731158763122015-10-17T17:21:00.001-03:002015-10-17T17:33:38.323-03:00MENOPAUSA, UMA MONTANHA-RUSSA DESGOVERNADA<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh_Ovm7mEXoTsH4kFefakld8iR8avkc_FeyzGPUiwxWaLd76JBsDgecYNDxbcakOzNTS60AMzGAZumcLOcRVDdLcj1We17UM1FDtI19K6IsROkBg62xugc0OKh2mrNYe4-l1TOYKGFmw5k/s1600/roller+coster+4.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh_Ovm7mEXoTsH4kFefakld8iR8avkc_FeyzGPUiwxWaLd76JBsDgecYNDxbcakOzNTS60AMzGAZumcLOcRVDdLcj1We17UM1FDtI19K6IsROkBg62xugc0OKh2mrNYe4-l1TOYKGFmw5k/s1600/roller+coster+4.jpg" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
Estou entrando na menopausa, e pode ser estranho escrever sobre isso, e é, pelo menos para mim, mas o fato é que esse é o novo momento da minha vida, e como cada mudança vem com seus custos e aprendizados, nessa eu ainda estou tateando para descobrir quais são os custos e quais as mudanças, mas eu já a apelidei de MONTANHA-RUSSA.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Olhando para trás, vejo que as mudanças não foram fáceis para mim, entrar na adolesciência foi o mesmo que entrar num túnel escuro e sem fim. Não lembro de nada muito alegre nessa passagem. Não foi fácil adolescer. Mudança corporal complicada, e uma sensação sem fim de que não existia um lugar que me coubesse nesse planeta. As coisas pareciam mais densas e muitas vezes pesadas demais. Não foi fácil. Muito tempo depois e com muita terapia, olho para trás e acho até que fui uma adolescente meio deprimida, pois absolutamente nada do mundo me atraia, acho que por isso mergulhei tão profundamente na meditação e no yoga. O mundo imaterial era muito mais acolhedor. A sensação de não-pertencimento desaparecia, e ali eu me sentia em paz.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Percorri minha vida adulta com desenvoltura e certo sucesso. Casei com meu amor, tive dois filhos que deram outro significado a minha existência, fiz duas faculdades, trabalhei, ganhei dinheiro com prazer e muita dedicação. Digo sempre que a vida adulta tem sido uma delícia, fui feita para ser adulta, e para tudo que diz respeito a essa fase da vida. Encontrei estabilidade material, emocional e espiritual fazendo tudo que fiz. Criei meus filhos e trabalhei, sempre me reconheci nisso, era feliz e sabia. Sempre achei que a vida ficava melhor a cada ano que vivia, e que a idade trazia mais benefícios que o contrário. Dizia sem nenhuma dúvida que eu não trocaria a pessoa que sou hoje, por quem fui 30 anos atrás. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Mas eis que surge um novo momento e que leva não ao túnel escuro, mas a uma montanha-russa que me tira novamente do conhecido, que me tira do que sei de mim. Estou menopausando, e isso parece uma coisa doida. Primeiro vieram os calores, que aparentemente não mexiam muito comigo, a não ser pelas inúmeras vezes que me cubro e me descubro durante a noite, alternando calor e frio. Mas agora me pego sendo o que não sei que sou. Alterno vontade de chorar com uma raiva furiosa. Alterno uma impaciência com uma desmotivação. Alterno aspectos da minha alma que antes eu sabia controlar, mas que agora parecem carrinhos da montanha-russa descontrolados. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhuZEe6U9qbJs4ZgalwhGPgznmm86PdpzOKX2vdtPjt_n42bzdcRnGMxpOn27agwBIgHZB8zwxrX3Xkl2GbrnrfXwPow3orzHX4Bkj5dRiP7FVCr5-818meCeBJcA94ilRx7C3a-erMdu4/s1600/roller+coster.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="212" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhuZEe6U9qbJs4ZgalwhGPgznmm86PdpzOKX2vdtPjt_n42bzdcRnGMxpOn27agwBIgHZB8zwxrX3Xkl2GbrnrfXwPow3orzHX4Bkj5dRiP7FVCr5-818meCeBJcA94ilRx7C3a-erMdu4/s320/roller+coster.jpg" width="320" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
Nunca havia parado pra ler sobre menopausa, a não ser pequenos artigos e reportagens. Achava que quando o meu momento chegasse, eu iria ter tempo de pesquisar sobre. Doce ilusão! Outro dia li a atriz Fernando Torres reclamando de como esse tema é tabu, que as pessoas evitam falar sobre ele, e que parece que até mesmo as mulheres evitam falar sobre menopausa. Ela reclamava dos calores e dos humores, mas foi numa conversa com uma amiga, quando ela me disse que estava "quadripolar", que me dei conta de que eu estou também! </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Por isso aqui vai um aviso e um pedido antecipado de desculpa aos que trombarem comigo por aí, "Cuidado com o carrinho desgorvernado da montanha-russa", estamos trabalhando com afinco para que o ritmo normal se reestabeleça.</div>
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<br /></div>
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<br /></div>
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<br /></div>
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<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</div>
Ludmilahttp://www.blogger.com/profile/05430554832630940164noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4193504021330597685.post-50395238445872307972015-07-23T13:37:00.000-03:002015-07-23T16:38:36.940-03:00O FILHINHO DELA ESTÁ COM CÂNCER, VAMOS AJUDAR?<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div style="text-align: justify;">
Esse post pretende ser uma campanha, por isso peço que você que está lendo, compartilhe com o máximo de pessoas que puder. Vou contar uma história de muita luta, amor e fé. Conhecer essa história talvez te ajude a perceber que precisa ser mais grato a vida!<br />
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjtrhiJcg7huVGu1JnNM5I4gGx2ge8aNvYROxBXkTDjRWIuIbsV-reVml24CehDtJSOVb0P8ECZlG18CWF6cBhawtvqmQNpT-y0kvVEppIEy7r7sRGpyT9crcGuHhZnDtgacMehxzeWYng/s1600/11539701_945814892151656_80433374329866005_n.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjtrhiJcg7huVGu1JnNM5I4gGx2ge8aNvYROxBXkTDjRWIuIbsV-reVml24CehDtJSOVb0P8ECZlG18CWF6cBhawtvqmQNpT-y0kvVEppIEy7r7sRGpyT9crcGuHhZnDtgacMehxzeWYng/s320/11539701_945814892151656_80433374329866005_n.jpg" width="320" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Conheci minha amiga Rosanne, quando meu marido lutava contra o câncer, em um grupo de pacientes de câncer. Ela tinha uma história de superação e luta, havia descoberto um câncer de mama quando estava grávida do seu filho, Miguel. Aquele momento que deveria ser de amor e plenitude, passou a ser tomado também pelo medo e a ansiedade. Ela venceu o câncer, ela tinha que vencer, ela tinha um bebê que precisava da mãe; ela era mãe e precisava lutar mais que qualquer um, ela tinha que viver. Uma mãe não deixa seu filho, sem antes lutar com todas as suas forças. Ela conseguiu. Todos que conhecem a luta contra o câncer, sabem que isso não é fácil, é um raio que cai nas nossas vidas sem aviso prévio.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Quando meu marido lutava contra o câncer, eu pedia ao universo que essa doença nunca alcançasse meus filhos, sentia que não suportaria vê-los sofrendo daquele jeito. Acho que qualquer mãe pensaria o mesmo. Não queremos ver nossos filhos sofrerem, não podemos pensar na possibilidade de perdê-los, e não conseguimos imaginar a dor de uma mãe que perde seu filho. Com certeza Rosanne, assim como todas as mães que conheci e que tiveram que viver com a luta dos seus filhos contra o câncer, preferiria ter a doença no lugar dos seus filhos. Rosanne com certeza preferiria ter câncer outra vez, a ver seu filhotinho passar por isso. Com certeza minhas amigas, Ana Maria Aguiar, Valéria Silveira, Maria José Semensato, Waleska Cavalcanti e tantas outras, concordariam com ela.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Pois é, mas aquilo que pedimos a Deus que não nos aconteça, aconteceu para a minha amiga, Miguel seu filhinho que agora tem 6 anos, foi diagnosticado com Leucemia Mieloide Aguda, e terá que enfrentar uma luta dolorosa, luta que nesse momento muitas crianças encaram no nosso país, e com as dificuldades já conhecidas por todos. Pois é, o raio caíu duas vezes no mesmo lugar. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
A primeira dificuldade é que eles moram em Belém do Pará, e lá não existe tratamento eficiente para ele. Os médicos recomendaram que tentassem tratamento no INCA no Rio de Janeiro. Eles foram. Largaram tudo pra traz e foram. Largaram pra traz, casa e emprego. Foram para o Rio, sem casa e sem emprego. Como viver assim? Como enfrentar 1 ano de tratamento sem fonte de renda? Como montar uma vida em uma cidade cara como o Rio, sem trabalho? Como oferecer alimentação adequada a uma criança cheia de necessidades especiais, sem ter dinheiro? </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Quero formalmente pedir ajuda para todos que puderem ajudar. Doem 10, 50, 100, 200 Reais, o que puderem!! Eles terão 1 ano de despesas pela frente!!! ....eles precisam pagar aluguel, luz, condomínio, água, comprar alimentos, pegar taxi, medicamentos e tudo mais....</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Façam isso!!! </div>
<div style="text-align: justify;">
Além de pedir dinheiro para minha amiga, quero pedir que vocês corram e se cadastrem como Doador de Medula, você poderá salvar alguém com essa atitude!</div>
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<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
A Conta para doação em dinheiro é:</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Rosanne Silva D'Oliveira</div>
<div style="text-align: justify;">
Bradesco ag 5757-6 CC 577-0</div>
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CNPJ15.088.981/0001-48</div>
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<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Se você está fora do Brasil e quiser participar dessa corrente, fale comigo, eu te ajudarei a participar. Peço que voce doe mais que Amor nesse momento! </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiRKWBgBrhG74UPv21CXB07Zy1_VJgf_KJqusBYqk6_PNblW8FDW8hVgsGTYSy1F6mRA5uoKJ1HYZOKKdegO6H6EiDGRJe6-uenj18hb2b7Iv5EGv-Zeb9d4Lqk-RY7pW-_w3GfuRUhCwk/s1600/miguel.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiRKWBgBrhG74UPv21CXB07Zy1_VJgf_KJqusBYqk6_PNblW8FDW8hVgsGTYSy1F6mRA5uoKJ1HYZOKKdegO6H6EiDGRJe6-uenj18hb2b7Iv5EGv-Zeb9d4Lqk-RY7pW-_w3GfuRUhCwk/s320/miguel.jpg" width="320" /></a></div>
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<br /></div>
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Ludmilahttp://www.blogger.com/profile/05430554832630940164noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-4193504021330597685.post-19847001949204659752015-07-06T12:40:00.000-03:002015-07-06T13:12:18.651-03:00FAZENDO PLANOS PARA A VELHICE<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<br />
<div style="text-align: justify;">
Sou capricorniana, portanto penso no futuro, faço planos. Fazer planos e construir idéias é praticamente sinônimo de ser capricorniana. Pensar é um vício para mim, penso o tempo todo e faço planos. Alguns dão errado, não eram pra ser; outros dão certo, fico feliz. Outra coisa importante é que sou pragmática, as coisas precisam ter uma função, precisam funcionar, se não funcionam, elas perdem a importância. Costumo me desfazer das coisas que não tem função, para mim, com muita facilidade. </div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgnXR7wYM_u3KjVbmcAcEtn3Hq67Vgwjd8NCiIMUHJbR9soK-gJXrr45KYajV8sQDSo-flZ7vw8xNqjCCg6IZAyVVXPcH53mVUb7eIrr5_GcvkYFnxYzeZhb8hapzCCRHJLMeOk_U0Rlas/s1600/velhice.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgnXR7wYM_u3KjVbmcAcEtn3Hq67Vgwjd8NCiIMUHJbR9soK-gJXrr45KYajV8sQDSo-flZ7vw8xNqjCCg6IZAyVVXPcH53mVUb7eIrr5_GcvkYFnxYzeZhb8hapzCCRHJLMeOk_U0Rlas/s320/velhice.jpg" width="240" /></a></div>
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<br /></div>
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Estou escrevendo esse post no meu último dia de uma estada na França. Passei 10 dias no interior da França acompanhando meu marido que veio a trabalho. Ficamos numa cidade linda, chamada Grenoble. Passeamos muito em todo nosso tempo livre. Atravessamos várias cidades dos Alpes franceses, eu e ele.<br />
<br />
Enquanto ele trabalhava, eu andava sem rumo ... mas sempre pensando... andava de lá pra cá, e daqui pra lá . Observava as pessoas, os detalhes das janelas das casas, as flores dos jardins, as crianças brincando nos parques, os ciclistas, as pessoas pegando sol nos gramados, os pássaros que vinham beber água nas inúmeras fontes da cidade e o sol que avançava as horas e teimava em não dar espaço para a noite, que só conseguia mostrar suas estrelas depois das 10 .... </div>
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<br /></div>
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Amei cada minuto desses dez dias aqui na França, e me peguei pensando na velhice, em como eu quero vive-la. Pois é, a França me fez pensar na velhice. Fiz isso a minha vida inteira, como disse antes, faço planos. Posso olhar pra trás e ver o quanto que construi a partir de uma intenção clara, de desejos definidos e reconhecidos, de metas traçadas. É claro que muito da nossa vida, vem do imprevisto, do impensado, daquilo que não pudemos imaginar, mas acredito que até a forma e os instrumentos internos, necessários para lidar com os imprevistos, podem ser construidos. </div>
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<br /></div>
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Descobri muito cedo que deveríamos saber o que queremos na vida, e que deveríamos buscar os instrumentos para alcançar isso. Acredito no esforço, acredito no poder da mente. Acredito na força da vontade quando ela é focada em objetivos claros, e acredito na resiliência para se reconstruir sempre que for preciso.</div>
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<br /></div>
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Não sei se viverei até a velhice, ninguém sabe, mas comecei a pensar nela e em como quero vivê-la. Meu trabalho não depende de juventude, muito pelo contrário, ser psicóloga tem ficado cada vez melhor na minha vida, com o passar dos anos. Consigo me ver trabalhando por muitos e muitos anos mais, contudo, não quero trabalhar tanto como fiz por quase toda a minha vida, quero trabalhar menos. Quero ter tempo para as coisas prazerosas que tenho descoberto com o tempo livre que tenho tido. Quero bordar, quero pintar .... descobri que quero aprender a pintar móveis e a construi-los tb, quero fazer cursos de culinária, e receber amigos em casa. </div>
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<br /></div>
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Tudo que quero, pra minha velhice, é extremamente possível, nada muito complicado, e penso que tenho caminhado nessa direção. Com certeza terei que me desfazer de muitas coisas que perderão a função de existir, e me conhecendo, sei que isso não será difícil. Espero viver bastante para curti-la e o suficiente para apenas curti-la. Nossos filhos já cresceram, é possível que nos deem netos, e que eles venham nos visitar, e que nós possamos ser avós acolhedores. Mas por enquanto, o que tenho sou eu e ele. </div>
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<br /></div>
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Nós dois juntos, isso já é por si só, o suficiente. </div>
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<br /></div>
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<br /></div>
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Ludmilahttp://www.blogger.com/profile/05430554832630940164noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-4193504021330597685.post-3679069821212029622015-06-10T09:18:00.000-03:002016-06-02T15:45:27.034-03:00FUI ASSEDIADA E NÃO FIZ NADA<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<br />
<div style="text-align: justify;">
As mulheres nos países árabes tem um lugar sabidamente inferior aos homens. Essa é uma sociedade machista e patriarcal. As mulheres estão sempre sobre a tutela de algum homem. Elas pertencem aos pais enquanto crianças, e depois, quando casam, pertencem aos maridos. Essas mulheres torcem para ter filhos homens, porque assim, continuarão sendo tuteladas, protegidas por alguém por toda a vida. No meu visto e na minha identidade árabe, consta que tenho um "sponsor", meu marido é responsável por mim aqui. </div>
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjQBkC0LCW-tfv9-9tLqKIuMEFf3jvgcssnSZSMPurI54VKegK6hCJYdCH-S8aiazDOAz8aNTQ_kXjto-5wlr_K9Yg514BDOL1S6OaHlpXzgldDTKNzDCA1oeRyvgokJZjy1eBS9Llqis4/s1600/FullSizeRender.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjQBkC0LCW-tfv9-9tLqKIuMEFf3jvgcssnSZSMPurI54VKegK6hCJYdCH-S8aiazDOAz8aNTQ_kXjto-5wlr_K9Yg514BDOL1S6OaHlpXzgldDTKNzDCA1oeRyvgokJZjy1eBS9Llqis4/s320/FullSizeRender.jpg" width="240" /></a></div>
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Um dia, em um vôo, vi um casal de irmãos brincando, o menino tomou o brinquedo da menina e bateu nela. Ela chorando olhou para a mãe que os acompanhava, que a pegou no colo consolando-a, o menino continuou satisfeito em posse do brinquedo que ele tomara. Essa é a metáfora correta para esse país. As mulheres podem até chorar quando violadas, mas só isso. Elas não tem muitos direitos, e correm o risco de virarem culpadas, quando são vítimas. O melhor é aprender a engolir o choro. </div>
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<br /></div>
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Li sobre uma mulher que foi condenada a morte, por ter conseguido se defender de um estupro, matando o agressor. Ela foi pra forca. Vi uma mulher apanhar no meio na rua, em frente a um banco, onde o vigilante do banco olhava tudo, sem nenhuma reação. Vejo mulheres cobertas de preto todos os dias, e a justificativa para essa roupa é que serve para protegê-las!!! Protegê-las dos homens! Os mesmos homens que legislam e julgam. As mulheres são culpadas por "default". Elas são culpadas por serem mulheres. A corda sempre partirá no lado mais fraco, e aqui, o lado feminino é de longe o mais fraco.</div>
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<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Ontem eu fui assediada. Estava com umas amigas em uma loja de departamentos bem grande, e fui sozinha para o andar superior, que é proibido para homens desacompanhados, é o que eles chamam de "family only", homens podem entrar, desde que estejam acompanhados de sua família. A criação desses espaços visa proteger as mulheres. Subi sozinha, minhas amigas viriam em seguida, nem pensei na possibilidade de que estaria correndo algo risco. Eu estava vestida de preto como deve ser e em uma área que é destinada as mulheres e famílias. Entretanto me deparei com um homem árabe, vestido com aquelas roupas brancas, ele veio na minha direção, não me senti ameaçada com a aproximação, por isso não tive uma atitude defensiva. Ele segurou as minhas mãos, e por segundos eu fiquei paralisada e nada fiz. Ele segurou com firmeza e falou coisas em inglês e árabe, não entendia direito, mas entendi que estava sendo assediada. Tudo aconteceu em alguns segundos...tudo é muito rápido...consegui me desvencilhar e corri ao encontro das minhas amigas no andar inferior, ele me seguiu na maior tranquilidade, com a tranquilidade comum aos que sabem que nada vai acontecer a eles.</div>
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<br /></div>
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgyWuP7Yf9Jhmkx3ul7B-Uncky3E9eFeE0oZa8ZKnCW-eE0b5oB5WWNvu9es0GrMwF-V7csRxEa5sqLykvYYJlVOL9LSV6dNehRgvvYgDFzXj4-jSbCfxoj5BQc79i7IPAfk0SZS-09J6M/s1600/1613870_855976054417351_1712454624108534650_n.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgyWuP7Yf9Jhmkx3ul7B-Uncky3E9eFeE0oZa8ZKnCW-eE0b5oB5WWNvu9es0GrMwF-V7csRxEa5sqLykvYYJlVOL9LSV6dNehRgvvYgDFzXj4-jSbCfxoj5BQc79i7IPAfk0SZS-09J6M/s320/1613870_855976054417351_1712454624108534650_n.jpg" width="240" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
Saimos da loja. Chegamos até a brincar com o que aconteceu, mas a ficha foi caindo aos poucos. Sinto no meu corpo e na minha alma, uma dor que não é só minha, sinto uma profunda conexão com as mulheres que são vítimas de violência todos os dias no mundo. Meninas que tem seus clitóres extirpados, mulheres que sofrem violência domésticas pelo mundo afora, mulheres vítimas de estupro que são acusadas de terem buscado isso ao se vestirem de forma inapropriada.... mulheres que são desqualificadas, desrespeitadas, violadas, estupradas e que nada podem fazer. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Eu não consegui fazer nada. Aquele homem sabia que eu não iria fazer nada. Meu corpo dói, e minha alma, mais ainda. "<br />
<br />
"Woman is the nigger of the world", já diagnosticou John Lennon muito tempo atrás.<br />
<br /></div>
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<br /></div>
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<br /></div>
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<br /></div>
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<br /></div>
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Ludmilahttp://www.blogger.com/profile/05430554832630940164noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-4193504021330597685.post-68527985202130278902015-06-02T11:21:00.000-03:002015-06-03T16:02:49.277-03:00ELA SEGUIU O DESEJO<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<br />
<div style="text-align: justify;">
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj0TIidQjyb2n0LjUaguCWwt567Qo1Vbn75rPWR9Pw4az92QgQ2Wf5p7OQtT5hNumdAeeFYfDgkekcV9Fv4YGhfaFMYzqsUnWTfMEVslTaPcXVLUFYRwv-hEGMWRMKFVbVHxSTS4laGzzU/s1600/criss+smile.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj0TIidQjyb2n0LjUaguCWwt567Qo1Vbn75rPWR9Pw4az92QgQ2Wf5p7OQtT5hNumdAeeFYfDgkekcV9Fv4YGhfaFMYzqsUnWTfMEVslTaPcXVLUFYRwv-hEGMWRMKFVbVHxSTS4laGzzU/s1600/criss+smile.jpg" /></a></div>
Hoje quero usar o espaço do meu blog para homenagear uma amiga que faz aniversário. Primeiro preciso dizer que apesar de termos uma imensa conexão e carinho uma pela outra, nunca a encontrei pessoalmente.<br />
<br />
Nós duas vivíamos momentos de muita dor quando nos conhecemos em um grupo virtual de pessoas que tinham parentes com câncer. Nosso encontro foi inundado em dor e em esperança. Era um grupo em que nossas dores, medos, inseguranças eram acolhidos e entendidos por pessoas que passavam ou já haviam passado por situação semelhante.<br />
<br />
Fiz amigos queridos nessa época. Nós nos chamávamos de "amigas de infância", embora nunca tenhamos nos encontrado. Eu morava na Bahia, ela no RJ. Chamávamos o câncer de "meleca de doença", e ríamos em meio a dor das perdas, e em meio as lágrimas da esperança. Ficamos amigas....amigas de infância.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Certa vez fui ao Rio para um congresso de psicologia, e ela tentou me achar no aeroporto, nos desencontramos em meio a engarrafamentos, e celulares descarregados. Não era pra ser.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
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Sempre a imaginei como alguém de extrema maturidade e responsabilidade. Ela é filha única e perdeu os pais para a "meleca da doença". É uma pessoa que cuidava de si mesma, e assumia suas responsabilidades sozinha, assim como as consequências das suas ações. Ela sempre alto-astral, não reclamava de nada, a não ser do latido do cachorro do vizinho que a acordava cedo nos fins de semana. Cris se bancava e era dona da vida e " do nariz" dela.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Um dia ela me disse que precisava conversar comigo, queria tomar algumas decisões, e eu não imaginava do que se tratava, mas ela adiantou que estava num dilema entre seguir o sonhos que seus pais haviam tido para a vida dela, ou seguir seus sonhos e desejos. Ela queria ouvir minha opinião.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Não entrarei em detalhes sobre seus projetos ou sobre as mudanças que ela pretendia naquela época, mas posso dizer que ela as fez!! Ela mudou! Ela foi atrás do seu desejo, da vida que ela sonhava, dos desejos que ela tinha pra si mesma. Ela fez o que a maioria das pessoas passam a vida desejando fazer. Ela fez aquilo que os outros podem achar que foi loucura, ela trouxe os desejos para o nível real e os vive agora.<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEinGoCfuJmY79Qm1hrqyORfVqPJu1oDvhpPijZj-crTFdWTRH58uEpjAq9O0kgfGQLpUT_RQIDeB6wYnPvsAzaPKeKSmlW4IS_bQqKQT2onHGWzR5jtQeR_Cv6u2ALSTf0TqyaGjAMx2Ug/s1600/crisss.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEinGoCfuJmY79Qm1hrqyORfVqPJu1oDvhpPijZj-crTFdWTRH58uEpjAq9O0kgfGQLpUT_RQIDeB6wYnPvsAzaPKeKSmlW4IS_bQqKQT2onHGWzR5jtQeR_Cv6u2ALSTf0TqyaGjAMx2Ug/s320/crisss.jpg" width="176" /></a></div>
</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Nada na vida é de graça, e não sabemos quanto tempo teremos para viver essa vida, mas o fato é que minha querida amiga de infância seguiu seu coração e arca com todas as dores e delicias de ser quem ela é.<br />
Mas não é pra isso que estamos aqui?</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Parabéns minha amiga!</div>
<div style="text-align: justify;">
Parabéns por você se responsabilizar por si mesma e seguir seu coração!</div>
<div style="text-align: justify;">
Feliz aniversário! </div>
<div style="text-align: justify;">
da sua amiga de infância que nunca te viu, mas que sempre te amou. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</div>
Ludmilahttp://www.blogger.com/profile/05430554832630940164noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-4193504021330597685.post-42453359036982164292015-05-11T08:56:00.001-03:002015-05-11T11:51:36.463-03:00PRECISO DIZER QUE OS AMO....<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEifawQflU_d2j1suDlglBiDAB6aGZeMyVHq4wLrBTzx7H1XDmUi2NTFvw2PWuqqluhx27VZcK7NSZdcqgP5Qs3RqtPxVIDLPvBDTa5plZhwqHHsYCj0P3Ul0yvKyVzSZqBsB2astWVnFq8/s1600/dor+2.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEifawQflU_d2j1suDlglBiDAB6aGZeMyVHq4wLrBTzx7H1XDmUi2NTFvw2PWuqqluhx27VZcK7NSZdcqgP5Qs3RqtPxVIDLPvBDTa5plZhwqHHsYCj0P3Ul0yvKyVzSZqBsB2astWVnFq8/s1600/dor+2.jpg" /></a></div>
Sabe quando você se sente aprisionada por uma situação?</div>
<div style="text-align: justify;">
Sabe quando as coisas parecem sem sentido? Nada parece se encaixar?</div>
<div style="text-align: justify;">
As pessoas e as situações parecem estranhas ... </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Como se não pertencesse aquele lugar ... ou como se não houvesse lugar pra você.</div>
<div style="text-align: justify;">
Um aspecto sombrio típico de Perséfone, tomou conta de mim esses dias. </div>
<div style="text-align: justify;">
Os ruidos são demasiadamente altos, as vozes parecem agressivas, a pele fica fina, o coração fica exposto, a alma fica nua.... Como se todo lugar fosse inseguro e as pessoas ameaçadoras. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Nessas horas a única coisa que penso é que existe um caminho de quietude, tem algo a ser feito, um mergulho a ser dado....é hora de recolhimento, de quietude, de buscar segurança e sentido no único lugar em que isso realmente existe, dentro de mim mesma.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
As pessoas sempre me perguntam se acredito em Deus. Minha resposta não é simples, por que definitivamente não acredito no mesmo Deus que elas descrevem, com caracteristicas humanas e vingativo, também não acredito na bondade divina. Mas sim, acredito num "estado de Deus", um "lugar de Deus", ou uma "sensação de Deus". Cada vez que me tenho a sensação desconfortável de "não-pertencimento" que descrevi acima, percebo que buscar esse "lugar" dentro de mim, é a única saída possível. Um lugar de preenchimento e de pertencimento. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Estou com muita saudade dos meus filhos, e com isso tenho muita saudade de mim mesma. O aspecto mais forte da minha identidade, é ser mãe deles. Embora hoje eles precisem pouco de mim, (sou feliz por isso), saber que sou mãe deles me faz uma pessoa melhor e mais forte. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Posso estar assim também porque acabo de saber que duas pessoas queridas estão passando por situação de muita dor. Uma delas acaba de descobrir que o filhinho está com câncer, sendo que ela mesma descobriu que estava com câncer quando engravidou dele. A outra que tem uma filhinha pequena, descobriu que está com câncer. Sinto que essas histórias são ameaçadoras demais para mim como mãe. Acho que não tenho condição de passar por isso, ou melhor dizendo, nenhuma mãe imagina passar por isso, mas elas e outras tantas mães viveram e viverão essa dor. Tenho certeza que a primeira preferia ter câncer novamente, a ter que ver seu filhote com essa doença. Nem posso imaginar o quanto elas terão que ser corajosas e determinadas nessa luta. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Tenho uma lembrança de sensação que me persegue desde que lembro de mim, que descreve bem esse momento. A sensação é de estar na rua, então começa a escurecer e a chover, e eu penso com angústia, que preciso voltar pra casa, que meus filhos estão me esperando...e que ao escurecer as mães <b>precisam</b> voltar pra casa. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Quando penso em preenchimento, penso em maternidade. Quando penso em Deus, penso em maternidade, talvez porque seja o estado que mais se aproxima do Deus que acredito.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Bom, é assim que me sinto agora. Preciso voltar pra casa ... preciso ver meus filhos ... preciso dizer que os amo .... preciso sentir o cheiro desse amor ... <br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
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Ludmilahttp://www.blogger.com/profile/05430554832630940164noreply@blogger.com1