Tenho uma amiga virtual linda. Torço pra que um dia possa abraçá-la de verdade. Ela é uma guerreira na luta contra o câncer. Ele me chama de Diva! Acho que temos uma afinidade intelectual..de almas..e de desejos...guardando as devidas proproções da idade..ela é uma jovem e linda mulher e eu sou uma linda mulher! Já vivi muito mais que ela...mas a admiro muito.
Bom...um dia após muita conversa, filosofando sobre a vida.e principalmente sobre o Amor e Desejo...questionando o quanto vale a pena adiar a vivencia desses amores e desejos...falamos sobre ousadia, liberdade...sobre Ser Mulher...sobre se apropriar do nosso corpo e dos nossos desejos... sobre o quanto tememos os nossos próprios desejos...e sobre muitas outras variações do mesmo tema...
Devo dizer que posso passar horas conversando sobre esses temas femininos com mulheres interessantes e questionadoras. Adoro mulheres que ousam questionar o poder patriarcal e não aceitam os comportamentos misóginos.. adoro conversar com mulheres que reconhecem o seu poder, ou o buscam!! Poderia fazer workshops e palestras infindáveis sobre isso! A "mulher" é o meu tema preferido!! Sempre me apaixono e tenho energia quando o tema é esse! Não sou feminista...não acho que os homens são inferiores, nem nada parecido...mas acho que os homens são mais monótonos, monocromáticos...tem menos apelo pra minha alma de terapeuta e de escritora...
Sou casada e tenho dois filhos homens...adoro eles..acho os homens lindos e não quero fazer nenhum manifesto pró-mulheres..só quero falar da minha paixão pelo tema feminino! Até nesse blog, tenho escrito muito sobre esse tema.
Bom..minha amiga me perguntou se é possível viver assumindo os desejos e sem culpa? Pergunta difícil né? Acho que nem vou conseguir responder só nessa postagem...voces terão que me acompanhar alguns dias até que eu possa organizar isso no meu corpo e mente.
O que me vem em primeiro lugar é uma pergunta: por que colocamos essa condição para viver o desejo? Porque ele precisa vir sem um preço? não podemos pagar esse preço? e se a culpa for nossa companheira, não podemos lidar com ela? Será que se o desejo for bom mesmo, não valeria a pena pagar um preço por ele, seja ele qual for?
Depois eu começo a pensar se existe vida sem culpa. Não sei...acho que não. A culpa é uma nuance da nossa alma, em algum nível, penso que a sentiremos sim.
Em seguida me pergunto: mas porque culpa associada a desejo? Estaríamos traindo que ordem? Estariamos quebrando algum paradigma? Estariamos provocando alguma ruptura profunda na humanidade ou mesmo nas famílias, se assumimos os nossos desejos? Por que os nossos desejos assustam tanto os homens, as famílias...e até as própria mulheres?
Outra coisa: Precisamos realizar todos os desejos? ou precisamos pelo menos assumir todos eles? Tomar consciencia dos meus desejos já não seria uma grande conquista? Por que algumas mulheres não querem nem pensar nos próprios desejos? não querem nem saber! Temem que apenas por os tornarem conscientes, a vida fique insustentável após isso.
Culpa está associado a erro. O desejo feminino na cultura cristã está associado a um grande erro. A primeira mulher que desejou, foi culpada e punida. Nascemos com essa imagem atávica impregnada nas nossas mentes e corpos...
Não concluirei nada nessa postagem..e talvez em nenhuma outra..mas prometo que voltarei a esse tema, logo...hoje só quero levantar essa questão..
Quem puder e quiser..comente essa postagem...seguirei com esse tema outras vezes...repassem pra outras mulheres...vamos tentar enriquecer esse debate!
Mulheres, desejem!!!
Beijos
Ludmila Rohr
Lud: uma vez ouvi que a diferença entre homens e mulheres é que enquanto o homem enxerga a floresta inteira na frente dele, nós mulheres conseguimos enxergar cada folha em cada árvore,e cada árvore formando a floresta como um todo...acho que somos mais detalhistas,mais sensíveis, mais sem casca mesmo,quando é prá sentir dor a gente sente,quando é prá gritar gritamos, e por aí vai...daí caímos na questão dos desejos e culpas...creio que por vivermos dentro de uma sociedade que parece ter crescido tecnicamente e tb cientificamente, em questão de liberdade em si, de cada um ir atrás do que quer, da forma que queira é tabu mesmo:desejos passam cada vez mais a serem culpas a medida que vão enchendo nossa cabeça de minhocas...a sociedade é quadrada mesmo, sem arestas para podemos por vezes ultrapassar...atire a primeira pedra quem nunca se curvou ao desejo dos outros para seguir um modelo do que "é ser certo"...CULPA!!!
ResponderExcluirFico como você,sem conclusão,só pensando prá passar meu tédio...bjo Angela
Hum....
ResponderExcluirLud,
Que grande pulgona atrás da orelha, ne?
Porque para as mulheres de antigamente existiam a culpa de desejarem e cederem...
e hoje?
Culpa de desejarem e cederem aos desejos e desejarem e não cederem aos desejos....
rsrsrsrsrsrsr
Texto questionador......
Assunto difícil.
Vou continuar pensando sobre eleee...
beijosssssss................
O tema é bom sim...
ResponderExcluirprimeiro a apropriação do prazer...
segundo, questionar por que mesmo que precisamos dele sem culpa? como se quisessemos no fundo o perdão antecipado...porque não podemos nós mesmos nos liberarmos dessa ideia de prazer/culpa?
Será que nosso raciocinio é no patriarcado tb? será que no fiundo não achamos que temos culpa mesmo, por desejarmos?
O que é o desejo?. È lícito ou não é? É atinente somente a fêmea, ou, ao macho, também?. Será que entendi bem o nó górdio que tu fomentastes?
ResponderExcluirO DESEJO quando sexual é a necessidade que arde nos corpos para se ter.
É LÍCITO quando dentro do casamento entre um homem e uma mulher,
É necessidade elementar da FÊMEA e do MACHO.
Pronto, desmanchei este nó!!!. Será, Ludmila?????.
A primeira mulher que desejou foi culpada. Este desejo aqui está para a cobiça, e não o sexual, porque neste desejo cobiçou um fruto (Mas a questão não era o fruto, mais a desobediência “não comerás”). E, o homem, também, foi culpado e punido.
Mas aqui é interessante, Ludmila, conforme tu bem colocastes, que mesmo sendo o pecado da desobediência, se refletiu na esfera sexual para a mulher “...teu desejo será para teu marido”. Todavia, na era Cristã, nova ordem é estabelecida: “A mulher não tem poder sobre o seu próprio corpo, mas tem-no o marido; e também, da mesma maneira, o marido não tem poder sobre o seu próprio corpo, mas tem-no a mulher” (Bíblia, 1 coríntios 7:4).
Ludmila, não posso deixar de concordar contigo, dentro do que é LÍCITO na esfera do cristianismo, tu estais corretíssima quando diz: “O desejo feminino na cultura cristã está associado a um grande erro.”. Justamente porque alguns dos cristãos são hipócritas (em dose cavalar!). Se tu fores ler na Bíblia o livro de Cantares tu vais te encantar com o desejo, o amor, o romantismo, a sensualidade que se deliciam os amantes.
Sei que falar de licitude é um tremendo desconforto. E, falo não como ordem, mas como entendimento. Mas ninguém deve se culpar (a tal da culpa, hein!) por não entender o que é lícito, e o que não é lícito. De bom grado e com amor, o Pai, te concederá este entendimento. Sabe, houve um tempo em que eu não sabia o que era lícito. Eu precisei de muita luz, e ela me foi concedida pelo pai das Luzes, Deus.
Que Deus conceda luz para o tema, pois é muito bom, enriquecedor.
Orcilene.
Luuuuud Divaaa.hihihi..
ResponderExcluirDesejoooo..huum... legas teu texto mas eu sou meio antaaa....rsrsrs
Lud, mais uma vez um testo que fala a minha alma..
ResponderExcluirEste tema tem rondado os meus pensamentos e reflexões...
E para não sentir culpa por desejar o que não deveria ser desejado, o que estava fora do que eu poderia desejar, eu seprarei um cantinho do meu coração para ser só meu, e ali eu poder desejar sem culpa, sem infidelidade...ali não somos um nós dois, ali sou apenas eu, uma mulher que tem muito amor, muito desejo e não ve erro em poder expandir esse amor...Com certeza Lud esse assunto é muito complexo, e para muitos não está ao alcance do entendimento...mas o bom é que para os que não conseguem entender, tem alguns que apenas aceitam, admiram..e buscam tambem entender pra poder viver essa liberdade da alma em desejar e amar infinitamente.