Hoje teve um almoço aqui em casa. Quisemos comemorar o aniversário de Caio. Nessa época do ano sempre tenho estado na Índia e, no ano passado Caio me perguntou se em algum ano dali pra frente, ele teria um aniversário com toda a família? Bom, estamos juntos esse ano, porque não comemorar?
Estive estranha durante a festa, me sentia estranha, parecia estar em outra velocidade, ou outra dimensão. A sensação é de que as pessoas eram estranhas, mas na verdade, eu estava. Tudo estava.
Uma pergunta vem em forma de sensação. O que está acontecendo? Judson está se recuperando, mas parece que eu vivo uma espécie de ressaca. Uma ressaca da dor que vivemos. Os dias passam, as pessoas falam, as coisas acontecem, mas parece que algo em mim parou em algum lugar ou tempo, e que tenta voltar mas ainda não consegue.
Os índios norte-americanos diziam que depois de uma viagem deviamos ficar quietos, esperando a alma voltar. Eles diziam que, o corpo chega, mas a alma leva algum tempo pra chegar. É assim que me sinto. Parece que meu corpo chegou aqui na vida de todo dia, mas minha alma tá chegando aos poucos.
A viagem que fiz à caverna que existe dentro de mim (falei outro dia sobre isso), ainda repercute....parece que em alguns momentos estou inteira....em outros não. Hoje não.
Não tenho dúvidas sobre a minha capacidade de recuperação. Sou realmente uma pessoa resiliente. Me recupero, e tenho me recuperado. Sinto esse descompasso com o ambiente externo em alguns momentos e aí, fico esperando...me dou um tempo....tento não me deixar afetar pelas cobranças....e tranquilamente, no tempo que minha alma quer, no tempo que é possível para o meu coração...vou voltando....
Hoje foi um dia estranho.... no céu, uma lua quase cheia... e eu, quase aqui....
Namastê!
Ludmila Rohr
Estive estranha durante a festa, me sentia estranha, parecia estar em outra velocidade, ou outra dimensão. A sensação é de que as pessoas eram estranhas, mas na verdade, eu estava. Tudo estava.
Uma pergunta vem em forma de sensação. O que está acontecendo? Judson está se recuperando, mas parece que eu vivo uma espécie de ressaca. Uma ressaca da dor que vivemos. Os dias passam, as pessoas falam, as coisas acontecem, mas parece que algo em mim parou em algum lugar ou tempo, e que tenta voltar mas ainda não consegue.
Os índios norte-americanos diziam que depois de uma viagem deviamos ficar quietos, esperando a alma voltar. Eles diziam que, o corpo chega, mas a alma leva algum tempo pra chegar. É assim que me sinto. Parece que meu corpo chegou aqui na vida de todo dia, mas minha alma tá chegando aos poucos.
A viagem que fiz à caverna que existe dentro de mim (falei outro dia sobre isso), ainda repercute....parece que em alguns momentos estou inteira....em outros não. Hoje não.
Não tenho dúvidas sobre a minha capacidade de recuperação. Sou realmente uma pessoa resiliente. Me recupero, e tenho me recuperado. Sinto esse descompasso com o ambiente externo em alguns momentos e aí, fico esperando...me dou um tempo....tento não me deixar afetar pelas cobranças....e tranquilamente, no tempo que minha alma quer, no tempo que é possível para o meu coração...vou voltando....
Hoje foi um dia estranho.... no céu, uma lua quase cheia... e eu, quase aqui....
Namastê!
Ludmila Rohr
"...mesmo quando tudo pede um pouco mais de calma, mesmo quando o corpo pede um pouco mais de alma, eu sei, a vida não para, a vida não para não..."
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