sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Os meus Mantras falam de mim! (A energia que me move)

 Hoje uma amiga me disse que eu tinha muita energia. Eu estava falando sobre os planos de trabalho e sobre os programas (shows, teatro) que pretendo fazer esse ano aqui nos EUA. Estava animadamente expondo minha excitação e tesão de viver e de fazer coisas novas!

Esse comentário causou em mim uma certeza e uma estranheza. Vamos lá. Vou refletir enquanto escrevo.

É verdade, tenho muita energia. Sempre acho que devo me envolver em mais coisas, sempre acho que poderia fazer mais coisas, sempre acho que as coisas são da minha conta, que tenho algo a dizer, a contribuir...normalmente não me eximo de dar uma opinião, de dizer o que penso, de me oferecer para fazer ou participar de alguma coisa. Entretanto, isso tem uma condição, não tenho essa energia toda incondicionalmente, preciso estar com tesão pelo que estou fazendo ou me envolvendo, do contrário sou a maior procrastinadora do mundo! 

Por isso mesmo o comentário dela me causa estranheza...Penso que a mesma energia que eu tenho, ela tem e todas as pessoas tem. A "energia" na verdade não é minha ou de alguém, é a própria energia da vida...a diferença é a forma como a movimentamos ou talvez a diferença seja que eu me permita excitar/afetar mais facilmente pelas coisas da vida. É verdade, me sinto aberta, disponível para que as coisas toquem minha alma, mobilizem meus pensamentos...meu coração! Dificilmente algo que aconteça ao meu redor simplesmente acontece, as coisas acontecem mas reverberam na minha alma..sou afetada...sou mobilizada...algo em mim se move quando a vida se move....o tempo inteiro!!! mas...e porque não seria assim com todo mundo?

Refletindo enquanto escrevo, penso que as pessoas se protegem muito da vida, por conta dos seus medos e das suas dores que deixaram cicatrizes, elas se protegem...evitam a vida...ou acham que não teriam nada a fazer, a contribuir, a dizer... Entendo isso como parte de um processo....se eu fui machucada, preciso de um tempo pra cuidar das feridas, mas não posso aceitar isso como uma identidade, como um caráter inflexível, como algo que não pode ser mudado. Por isso sou psicóloga, por isso antes de ser psicóloga sou professora de Yoga, porque acredito na plasticidade da nossa alma, assim como acredito na plasticidade do nosso corpo.

Acredito que as pessoas vão se fechando e endurecendo a alma, assim como fazem com o corpo. Cada dia que passa, a alma fica mais protegida e o corpo mais dolorido. A pessoa passa a acreditar que quanto menos ela se mover, menos dor vai sentir (alma e corpo), ela passa a acreditar que se ficar bem quietinha e imóvel a vida vai caminhar e ela vai sentir menos dores...menos sofrimento... triste ilusão.

A única coisa que realmente acontece é que o espaço vital dessa pessoa vai ficando cada vez menor, e ela vai ter cada vez menos possibilidades de se mover, de se expressar, de viver....e por consequência de mover cada vez menos, menos energia ela terá disponível. Até que ela passa a acreditar que é assim mesmo. A vida é assim. Ela apenas precisa cumprir suas obrigações. 

Triste. Muito mais triste do que qualquer um possa imaginar, porque como psicóloga percebo e sei, que basta o primeiro movimento, basta acreditar e começar a se mover...um movimento puxa o outro. A energia produzida por aquele movimento, alimenta o seguinte...e a pessoa pode entrar num giro interminável de muita energia em movimento! Que é sinônimo de prazer, excitação, alegria, poder..sinônimo da própria vida.

A chave pra tudo isso é o contato com o prazer. Já escrevi muito nesse blog sobre esse tema. Em vários posts falo sobre a minha visão tântrica da vida, sobre o quanto quero a vida inteira, que não quero nunca ser bege, que as coisas são da minha conta, sim! Voces, leitores novos, podem buscar pelos marcadores: felicidade, energia sexual, tântra, ou mesmo Ludmila Rohr (tão egóico isso!), mas...rs.. 

Quem acompanha meu blog desde o início sabe que ele nasceu em um momento de extrema dor. Abri e expus minha alma frágil e sofrida...e por isso mesmo me sentia forte e acompanhada. Senti muita dor, medo e tristeza, mas não lembro de mim infeliz ou sem energia, mesmo nos dias que eu chamava de dias "Não", que eram dias de recolhimento, de ficar quietinha e pequenininha..., mesmo nesses dias eu me sentia inteira e conectada com minha alma e meu corpo, sabia que era um momento, mas não me identificava com eles, vivia esses momentos, mas não me identificava com eles.

Tenho alguns mantras que me acompanham e já falei sobre vários aqui. Um deles é:

"Quanto maiores forem seus segredos, maior será sua prisão."

Outro muito querido é:

"Que tudo que for auspicioso permaneça comigo. O que não for auspicioso conectado comigo e com os meus, seja destruído."

Um bem tântrico, e que me lembra que a vida que existe é o hoje.

"O que existe aqui, existe lá. Se não existe aqui, não existe em lugar algum."


Tenho um mantra novo esse ano e quero compartilhar com todos que me acompanham aqui:

"Estou me afastando de tudo que me atrasa, me segura e me retém. Fui ser feliz, e não volto."
do incrível Caio F. Abreu.

Quem conhece meus mantras, conhece muito de mim e de como movimento minha energia!

Ludmila Rohr 

domingo, 9 de janeiro de 2011

Sem procrastinações!

Ano novo...decisão tomada:  não procrastinarei!
Prometo anular pendências.
Prometo a mim mesma, dar um passo de cada vez na direção do que quero.

Esse ano precisa ser um ano sem procrastinações. 
O lema será,( plagiando os Titãs) : "Só quero saber do que pode dar certo, não tenho tempo a perder."

Sabe quando não existem dúvidas? Sabe quando voce se encontra em um momento de maturidade, mas que por hábitos ou por temer magoar alguém, frustrar outro alguém, ou como medo de se frustrar, ou até mesmo evitando fazer algum corte necessário que levará a alguma dor....e por isso, voce procrastina? Bom...é assim que não quero estar.

Se sei o caminho mais curto entre dois pontos, é nele que irei.
Se sei exatamente o que devo fazer, é isso que farei.
Se sei exatamente o que não quero, é isso que eliminarei.
Simples assim.
O que não me serve, não quero.
O que me serve, que venha!

Esse é um ano que não cabem desculpas, é um ano que não faz nenhum sentido colocar o pé no freio. Esse é o ano de encontrar o meu ritmo, o meu jeito, a minha forma...e seguir. Nada de especial com esse ano, a não ser a minha decisão. 

Qual o limite que a vida nos dará? Alguém sabe? Quem nos dá limite somos nós. Precisamos nos dar limites...reconhecer que somos finitos..que o tempo não está ao nosso dispor, que o tempo anda e que a vida não nos espera eternamente. 
Estamos prontos? Nunca estaremos...então, temos que estar prontos com o que temos. É esse o momento. No único tempo que existe. Agora.

Lanço-me no oceano. Lanço-me no espaço. 
Lanço-me na direção das metas. Lanço-me na direção de mim mesma.
A única coisa que certamente encontrarei diante de mim? ..O meu caminho. Então..nada a temer. Querendo ou não, terei que caminhá-lo mesmo. Então vamos lá!

Essa sou eu, reencontrando Disciplina e Vontade.
Essa sou eu, seguindo...agora sem procrastinar.

Por que tenho 3 certezas libertadoras na minha vida: 1) Vou morrer. 2)Vou errar. 3)Vou desagradar.
...e já que isso é certo, é melhor começar a andar já! 

Feliz 2011

Ludmila Rohr